((o))eco
- sábado, 25 fevereiro 2017 21:14
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https://youtu.be/LCdG9ff7eK8
Mangueira (1970) - “Um Cântico à Natureza”
Com o samba-enredo composto por Aílton, Dilmo e Nei, a Estação Primeira de Mangueira ocupou o 3º lugar homenageando a natureza.
Brilhou no céu o sol oh! que beleza
Vem contemplar a natureza
Vem abrasar a imensidão, imensidão...
Onde na pesca ou na plantação
Pedras preciosas ou mineração
Rios cachoeiras e cascatas
Frutos pássaros e matas
Enobrecem a nação
Oh! lugar... oh! lugar...
Tudo que se planta dá
Terra igual a esta não há
Imenso torrão de natureza incomum
Onde envaidece qualquer um
Praia e flores
Inspiram amores
E o petróleo te deu mais vida
Solo de vultos imortais
Direi teu e não esquecerão jamais
Oh! pátria querida
De natureza tão sutil
Tens belezas mil |
Isto é Brasil... isto é Brasil... isto é Brasil...
https://youtu.be/v5gUtkEhUJQ
Salgueiro (1979) - “ O Reino encantado da mãe natureza contra o reino do mal”
Nesse ano, o Salgueiro apostou as suas fichas na defesa ecológica, em que o reino do mal seria a poluição. O enredo foi dividido em quatro partes: A Mãe Natureza, o Mal, A Guerra, O Ressurgimento da Natureza Violentada pelo Mal.
Oh! Doce Mãe Natureza
Seus lindos campos
Verdes matas e seu imenso mar
Oh! que beleza... no infinito
O Sol ardente sempre a brilhar
E o revoar da passarada
Bailando neste céu sem fim
Na primavera...
As lindas flores (bis)
Desabrocham no jardim
Mas surgiu o rei do mal
Com a chegada do progresso
Abalando a estrutura mundial
Poluindo nossa terra
Aniquilando o que Deus abençoou
E quem sofre é a Nação
Nesta batalha
Onde não há vencedor
E a Natureza
Com seu cenário multicor (bis)
Refloresce novamente
Com todo seu esplendor
https://youtu.be/gk1Hl_ajRgg
Portela (1981) - “Das maravilhas do mar fez-se o esplendor de uma noite"
De autoria de David Corrêa e Jorge Macedo, as maravilhas do mar levaram a Portela ao terceiro lugar do carnaval de 1981 com o famoso refrão "E lá vou eu, pela imensidão do mar".
Deixa me encantar, com tudo teu, e revelar, lalaiá lá
O que vai acontecer nesta noite de esplendor
O mar subiu na linha do horizonte, desaguando como fonte
Ao vento a ilusão desce
O mar, ô o mar, por onde andei mareou, mareou
Rolou na dança das ondas, no verso do cantador
Dança que tá na roda, roda de brincar
Prosa na boca do tempo e vem marear (Eis o cortejo...)
Eis o cortejo irreal, com as maravilhas do mar
Fazendo o meu carnaval, é a vida a brincar
A luz raiou pra clarear a poesia
Num sentimento que desperta na folia ( Amor, amor ... )
Amor, sorria, ô ô ô, um novo dia despertou
E lá vou eu, pela imensidão do mar
Nessa onda que corta a avenida de espuma, me arrasta a sambar (E lá vou eu... )
E lá vou eu, pela imensidão do mar
Nessa onda que corta a avenida de espuma, me arrasta a sambar
https://youtu.be/Z3fNE0_MSe4
Mocidade Independente de Padre Miguel (1991) - “Chuê, Chuá, as águas vão rolar”
A água está presente no nosso organismo, água é fonte da vida. As águas rolaram em 1991 para a Mocidade Independente de Padre Miguel, tanto que deram a ela o campeonato de 1991.
Naveguei, naveguei, no afã de encontrar
Um jeito novo de fazer meu povo delirar
Uma overdose de alegria
Num dilúvio de felicidade (iluminado)
Iluminado encontrei
O verde e branco mar da Mocidade
Aieieu mamãe oxum
Iemanjá mamãe sereia
Salve as águas de oxalá
Uma estrela me clareia
É no chuê chuê
É no chuê chuá
Não quero nem saber
As águas vão rolar
É no chuê chuê
É no chuê chuá
Pois a tristeza já deixei pra lá
Na vida sou a fonte de energia
Sou chuva, cachoeira, rio e mar
Sou gota de orvalho, sou encanto
E qualquer sede eu posso saciar
Quem dera, um mar de rosas nesta vida
Lavando as mentes poluídas
Taí o nosso carnaval
Eu tô em todas, eu tô no ar, eu tô aí
Eu tô até na liquidez do abacaxi
(naveguei)
https://youtu.be/sU3fpr5cCio
Lins Imperial (1991) - “Chico Mendes, o arauto da natureza”
No domingo do dia 10 de fevereiro de 1991, a Lins Imperial desfilou no grupo especial homenageando o seringueiro e ambientalista Chico Mendes.
Quanta maldade é ver
O homem destruir
O que hoje encanta
A Sapucaí
Amazônia
Que verde encantador
Fauna tão linda
Um verdadeiro festival de cor
Terra rica em frutos e pesca
Chico foi o mensageiro
Em defesa da floresta
Os invasores, por ambição
Mataram Chico
Dando seqüência à destruição
Kararaô
O grito forte do índio ecoou
Kararaô
A natureza inteira despertou
Voa pássaro da paz
Voa livre e vai mostrar (mostrar, mostrar)
Que essa área verde existe
Para o mundo respirar, lá, lá, laiá
Para o mundo respirar
https://youtu.be/TXj6yUVTm_0
Beija-Flor (2004) - “Manôa, Manaus, Amazônia, Terra Santa: Alimenta o corpo, equilibra a alma e transmite a paz”
Com enredo sobre a Amazônia, a Beija-Flor se consagrou bicampeã do Carnaval 2004 no Rio de Janeiro, a escola apresentou a água dos rios da região como o verdadeiro tesouro da Amazônia e alertou para a destruição da floresta.
A ambição cruzou o mar
Trazida pelo invasor
A Espanha veio explorar
Pilhar e semear a dor
Amazônia Terra Santa
Dos igarapés, mananciais
Alimenta o corpo, equilibra a alma
Transmite a paz
Brilhou o Eldorado no coração da mata as guerreiras
Belezas naturais, riquezas minerais
O reino de Tupã ergue a bandeira
Êh! Manôa
Minha canoa vai cruzar o Rio Mar
Verde paraíso é onde
Iara me seduz com seu cantar
Força, mistério e magia
Fruto da energia o meu guaraná
A lágrima que o trovão derramou
A terra guardou semente no olhar
Maués, Anauê, cultura milenar
Anauê, Manaus, Mamirauá
Viva a Paris Tropical
Água que lava minh´alma
Ao matar a sede da população
Caboclo ê a homenagem hoje é
A todo povo da floresta um canto de fé
Se Deus me deu vou preservar
Meus filhos vão se orgulhar
A Amazônia é Brasil, é luz do criador
Avante com a tribo Beija-Flor
https://youtu.be/eM44lFWv9D8
Império Serrano (2005) - “Um grito que ecoa no ar. Homem/Natureza - o perfeito equilíbrio”
Com o enredo que homenageou a natureza, o Império Serrano garantiu a permanência no grupo especial para o ano seguinte. O enredo é sobre o homem e a preservação do seu habitat e um grito de alerta pela preservação do mundo que sofre com a ganância.
Meu grito ecoa pelo ar
Faço um alerta ao mundo
O homem com a sua ambição
Trouxe a tecnologia
Fez mal uso da razão
De mãos dadas com a ganância
Tem tudo que lhe deu o criador ôô
De graça com amor
No seu futuro pode semear a dor
No meu verde das matas tem magia
Equilíbrio perfeito que irradia oi (bis)
As minhas águas cristalinas
São poluídas no seu dia a dia
Choro, com esta tal evolução
Ressentida estou ao ver minha devastação
O homem com sua sapiência
Transformou tudo em ciência
Reciclando a minha natureza
Mexeu com lixo,
Domou os ventos,
Usou o átomo sem consciência
Causou tristeza, degradação
Coloca em risco toda a civilização
E assim num grande gesto de amor
Já tem gente a refletir
E por mim vive a lutar
Um fio de esperança a reluzir
Basta reciclar os seus conceitos
Na reforma ser perfeito
Produzir sem maltratar
Sou a mãe Terra
Só o seu amor vai me salvar
Clamando numa só voz, vem meu Império
A gente tem que pensar, é caso sério (bis)
Pra natureza sorrir, o homem tem que mudar
E aprender a preservar
Mangueira (2006) - “Das águas do São Francisco, nasce um rio de esperança”
A Estação Primeira alcançou o 4º lugar homenageando na avenida o rio São Francisco. Uma carranca na comissão de frente com malabaristas que transformavam a tradicional imagem nordestina num barco para "navegar" o Velho Chico, numa coreografia assinada por Carlinhos de Jesus. Os moradores que habitam à beira do rio também foram lembrados pela escola de samba, com adereços como vasos, peixes e frutas, que são fonte econômica das populações ribeirinhas.
O sertanejo sonhou
Banhou de fé o coração
E transbordou em verde-e-rosa
A esperança do sertão
Vou navegar
Com a minha Estação Primeira
Nas águas da "integração", chegou Mangueira
Opará rio-mar, o nativo batizou
Quem chamou de São Francisco foi navegador
Na serra, ele nasce pequenino
Ilumina o destino, vai cumprir sua missão
Se expande pra mostrar sua grandeza
Gigante pela própria natureza
A carranca na mangueira vai passar
Minha bandeira tem que respeitar
Ninguém desbanca minha embarcação
Porque o samba é minha oração
Beleza o bailar da piracema
Cachoeiras, um poema à preservação
Lendas ilustrando a história
Memórias do valente Lampião
Mercado flutuante, um constante vai-e-vem
Violeiro, sanfoneiro, que saudade do meu bem
O sabor desse tempero, eu quero provar
Graças à irrigação, o chão virou pomar
E tem frutas de primeira pra saborear
Um brinde à exportação, um vinho pra comemorar
O velho Chico! É pra se orgulhar
Portela (2008) - “Reconstruindo a Natureza, Recriando a Vida: o Sonho Vira Realidade”
Com enredo homenageando a natureza, sua riqueza incitando o homem a viver em harmonia e em comunhão com ela, a Portela ficou em quarto lugar no carnaval de 2008 com samba-enredo composto por Diogo Nogueira, Ary do Cavaco, Celsinho de Andrade, Ciraninho e Júnior Scafura.
Eu sou a água, sou a terra, sou o ar
Sou Portela
Um sonho real, um grito de alerta
A natureza que encanta a passarela
Segue os passos do criador
Vai minha Águia Gerreira
Leva essa mensagem de amor
De Oswaldo Cruz e Madureira
Água, fonte eterna da vida
Terra, templo da evolução
O homem surgiu, brincou de criar
Descobriu tanta riqueza
É preciso progredir sem destruir
Viver em comunhão com a natureza
É o rio que corre a caminho do mar
A flor que se abre na primavera
Do ventre a esperança que vem renovar
O sonho de uma nova era
É hora de darmos aos mãos
Lutarmos pro mundo mudar
O líder de cada nação
Precisa parar pra pensar
A palavra é união
Pra reconstruir o nosso lar
Brasil, teu verde é o símbolo da vida
Renova a tua energia
Meu coração é o meu país
O sol vai brilhar e anunciar
Um futuro mais feliz
Portela (2017) - “Quem Nunca Sentiu o Corpo Arrepiar ao Ver Esse Rio Passar…”
O carnavalesco Paulo Barros promete levar novidades para a avenida “Será um mergulho poético nas águas doces do nosso planeta. Vamos falar dos aspectos culturais, religiosos e dos costumes de alguns rios, como o São Francisco” , afirmou o carnavalesco.
O perfume da flor é seu
Um olhar marejou sou eu
Quem nunca sentiu o corpo arrepiar
Ao ver esse rio passar
Vem conhecer esse amor
A levar corações através dos carnavais
Vem beber dessa fonte
Onde nascem poemas em mananciais
Reluz o seu manto azul e branco
Mais lindo que o céu e o mar
Semente de Paulo, Caetano e Rufino
Segue seu destino e vai desaguar
A jangada vai chegar na aldeia
Alumia meu caminho, candeia
Onde mora o mistério, tem sedução
Mitos e lendas do ribeirão
Cantam pastoras e lavadeiras pra esquecer a dor
Tristeza foi embora, a correnteza levou
Já não dá mais pra voltar (ô aiá)
Deixa o pranto curar (ôaiá)
Vai inspiração, voa em liberdade
Pelas curvas da saudade
Oh mãmãe orayeyeo
Vem me banhar de axé orayeyeo
É água de benzer
Água pra clarear
Onde canta um sabiá
Salve a velha guarda
Os frutos da jaqueira
Oswaldo cruz e madureira
Navega a barqueada aos pés da santa em louvação
Para mostrar que na portela
O samba é religião
Imperatriz Leopoldinense (2017) - “Xingu, o clamor que vem da Floresta”
A escola de Ramos além de exaltar o povo indígena também colocará na avenida grandes dilemas enfrentados por todos como a construção da hidrelétrica de Belo Monte, o desmatamento e o uso de agrotóxicos.
Salve o verde do Xingu… a esperança
a semente do amanhã… herança
o clamor da natureza
a nossa voz vai ecoar… preservar!
Brilhou… a coroa na luz do luar!
nos troncos a eternidade… a reza e a magia do pajé!
na aldeia com flautas e maracás
Kuarup é festa, louvor em rituais
na floresta… harmonia, a vida a brotar
sinfonia de cores e cantos no ar
o paraíso fez aqui o seu lugar
jardim sagrado o caraíba descobriu
sangra o coração do meu Brasil
o belo monstro rouba as terras dos seus filhos
devora as matas e seca os rios
tanta riqueza que a cobiça destruiu
Sou o filho esquecido do mundo
minha cor é vermelha de dor
o meu canto é bravo e forte
mas é hino de paz e amor
Sou guerreiro imortal derradeiro
deste chão o senhor verdadeiro
semente eu sou a primeira
da pura alma brasileira
Jamais se curvar, lutar e aprender
escuta menino, Raoni ensinou
liberdade é o nosso destino
memória sagrada, razão de viver
“andar aonde ninguém andou”
“chegar aonde ninguém chegou”
lembrar a coragem e o amor dos irmãos
e outros heróis guardiões
aventuras de fé e paixão
o sonho de integrar uma nação
kararaô… kararaô… o índio luta pela sua terra
da Imperatriz vem o seu grito de guerra!
No domingo do dia 10 de fevereiro de 1991, a Lins Imperial desfilou no grupo especial homenageando o seringueiro e ambientalista Chico Mendes.
Quanta maldade é ver
O homem destruir
O que hoje encanta
A Sapucaí
Amazônia
Que verde encantador
Fauna tão linda
Um verdadeiro festival de cor
Terra rica em frutos e pesca
Chico foi o mensageiro
Em defesa da floresta
Os invasores, por ambição
Mataram Chico
Dando seqüência à destruição
Kararaô
O grito forte do índio ecoou
Kararaô
A natureza inteira despertou
Voa pássaro da paz
Voa livre e vai mostrar (mostrar, mostrar)
Que essa área verde existe
Para o mundo respirar, lá, lá, laiá
Para o mundo respirar
https://youtu.be/TXj6yUVTm_0
Beija-Flor (2004) - “Manôa, Manaus, Amazônia, Terra Santa: Alimenta o corpo, equilibra a alma e transmite a paz”
Com enredo sobre a Amazônia, a Beija-Flor se consagrou bicampeã do Carnaval 2004 no Rio de Janeiro, a escola apresentou a água dos rios da região como o verdadeiro tesouro da Amazônia e alertou para a destruição da floresta.
A ambição cruzou o mar
Trazida pelo invasor
A Espanha veio explorar
Pilhar e semear a dor
Amazônia Terra Santa
Dos igarapés, mananciais
Alimenta o corpo, equilibra a alma
Transmite a paz
Brilhou o Eldorado no coração da mata as guerreiras
Belezas naturais, riquezas minerais
O reino de Tupã ergue a bandeira
Êh! Manôa
Minha canoa vai cruzar o Rio Mar
Verde paraíso é onde
Iara me seduz com seu cantar
Força, mistério e magia
Fruto da energia o meu guaraná
A lágrima que o trovão derramou
A terra guardou semente no olhar
Maués, Anauê, cultura milenar
Anauê, Manaus, Mamirauá
Viva a Paris Tropical
Água que lava minh´alma
Ao matar a sede da população
Caboclo ê a homenagem hoje é
A todo povo da floresta um canto de fé
Se Deus me deu vou preservar
Meus filhos vão se orgulhar
A Amazônia é Brasil, é luz do criador
Avante com a tribo Beija-Flor
https://youtu.be/eM44lFWv9D8
Império Serrano (2005) - “Um grito que ecoa no ar. Homem/Natureza - o perfeito equilíbrio”
Com o enredo que homenageou a natureza, o Império Serrano garantiu a permanência no grupo especial para o ano seguinte. O enredo é sobre o homem e a preservação do seu habitat e um grito de alerta pela preservação do mundo que sofre com a ganância.
Meu grito ecoa pelo ar
Faço um alerta ao mundo
O homem com a sua ambição
Trouxe a tecnologia
Fez mal uso da razão
De mãos dadas com a ganância
Tem tudo que lhe deu o criador ôô
De graça com amor
No seu futuro pode semear a dor
No meu verde das matas tem magia
Equilíbrio perfeito que irradia oi (bis)
As minhas águas cristalinas
São poluídas no seu dia a dia
Choro, com esta tal evolução
Ressentida estou ao ver minha devastação
O homem com sua sapiência
Transformou tudo em ciência
Reciclando a minha natureza
Mexeu com lixo,
Domou os ventos,
Usou o átomo sem consciência
Causou tristeza, degradação
Coloca em risco toda a civilização
E assim num grande gesto de amor
Já tem gente a refletir
E por mim vive a lutar
Um fio de esperança a reluzir
Basta reciclar os seus conceitos
Na reforma ser perfeito
Produzir sem maltratar
Sou a mãe Terra
Só o seu amor vai me salvar
Clamando numa só voz, vem meu Império
A gente tem que pensar, é caso sério (bis)
Pra natureza sorrir, o homem tem que mudar
E aprender a preservar
Mangueira (2006) - “Das águas do São Francisco, nasce um rio de esperança”
A Estação Primeira alcançou o 4º lugar homenageando na avenida o rio São Francisco. Uma carranca na comissão de frente com malabaristas que transformavam a tradicional imagem nordestina num barco para "navegar" o Velho Chico, numa coreografia assinada por Carlinhos de Jesus. Os moradores que habitam à beira do rio também foram lembrados pela escola de samba, com adereços como vasos, peixes e frutas, que são fonte econômica das populações ribeirinhas.
O sertanejo sonhou
Banhou de fé o coração
E transbordou em verde-e-rosa
A esperança do sertão
Vou navegar
Com a minha Estação Primeira
Nas águas da "integração", chegou Mangueira
Opará rio-mar, o nativo batizou
Quem chamou de São Francisco foi navegador
Na serra, ele nasce pequenino
Ilumina o destino, vai cumprir sua missão
Se expande pra mostrar sua grandeza
Gigante pela própria natureza
A carranca na mangueira vai passar
Minha bandeira tem que respeitar
Ninguém desbanca minha embarcação
Porque o samba é minha oração
Beleza o bailar da piracema
Cachoeiras, um poema à preservação
Lendas ilustrando a história
Memórias do valente Lampião
Mercado flutuante, um constante vai-e-vem
Violeiro, sanfoneiro, que saudade do meu bem
O sabor desse tempero, eu quero provar
Graças à irrigação, o chão virou pomar
E tem frutas de primeira pra saborear
Um brinde à exportação, um vinho pra comemorar
O velho Chico! É pra se orgulhar
Portela (2008) - “Reconstruindo a Natureza, Recriando a Vida: o Sonho Vira Realidade”
Com enredo homenageando a natureza, sua riqueza incitando o homem a viver em harmonia e em comunhão com ela, a Portela ficou em quarto lugar no carnaval de 2008 com samba-enredo composto por Diogo Nogueira, Ary do Cavaco, Celsinho de Andrade, Ciraninho e Júnior Scafura.
Eu sou a água, sou a terra, sou o ar
Sou Portela
Um sonho real, um grito de alerta
A natureza que encanta a passarela
Segue os passos do criador
Vai minha Águia Gerreira
Leva essa mensagem de amor
De Oswaldo Cruz e Madureira
Água, fonte eterna da vida
Terra, templo da evolução
O homem surgiu, brincou de criar
Descobriu tanta riqueza
É preciso progredir sem destruir
Viver em comunhão com a natureza
É o rio que corre a caminho do mar
A flor que se abre na primavera
Do ventre a esperança que vem renovar
O sonho de uma nova era
É hora de darmos aos mãos
Lutarmos pro mundo mudar
O líder de cada nação
Precisa parar pra pensar
A palavra é união
Pra reconstruir o nosso lar
Brasil, teu verde é o símbolo da vida
Renova a tua energia
Meu coração é o meu país
O sol vai brilhar e anunciar
Um futuro mais feliz
Portela (2017) - “Quem Nunca Sentiu o Corpo Arrepiar ao Ver Esse Rio Passar…”
O carnavalesco Paulo Barros promete levar novidades para a avenida “Será um mergulho poético nas águas doces do nosso planeta. Vamos falar dos aspectos culturais, religiosos e dos costumes de alguns rios, como o São Francisco” , afirmou o carnavalesco.
O perfume da flor é seu
Um olhar marejou sou eu
Quem nunca sentiu o corpo arrepiar
Ao ver esse rio passar
Vem conhecer esse amor
A levar corações através dos carnavais
Vem beber dessa fonte
Onde nascem poemas em mananciais
Reluz o seu manto azul e branco
Mais lindo que o céu e o mar
Semente de Paulo, Caetano e Rufino
Segue seu destino e vai desaguar
A jangada vai chegar na aldeia
Alumia meu caminho, candeia
Onde mora o mistério, tem sedução
Mitos e lendas do ribeirão
Cantam pastoras e lavadeiras pra esquecer a dor
Tristeza foi embora, a correnteza levou
Já não dá mais pra voltar (ô aiá)
Deixa o pranto curar (ôaiá)
Vai inspiração, voa em liberdade
Pelas curvas da saudade
Oh mãmãe orayeyeo
Vem me banhar de axé orayeyeo
É água de benzer
Água pra clarear
Onde canta um sabiá
Salve a velha guarda
Os frutos da jaqueira
Oswaldo cruz e madureira
Navega a barqueada aos pés da santa em louvação
Para mostrar que na portela
O samba é religião
Imperatriz Leopoldinense (2017) - “Xingu, o clamor que vem da Floresta”
A escola de Ramos além de exaltar o povo indígena também colocará na avenida grandes dilemas enfrentados por todos como a construção da hidrelétrica de Belo Monte, o desmatamento e o uso de agrotóxicos.
Salve o verde do Xingu… a esperança
a semente do amanhã… herança
o clamor da natureza
a nossa voz vai ecoar… preservar!
Brilhou… a coroa na luz do luar!
nos troncos a eternidade… a reza e a magia do pajé!
na aldeia com flautas e maracás
Kuarup é festa, louvor em rituais
na floresta… harmonia, a vida a brotar
sinfonia de cores e cantos no ar
o paraíso fez aqui o seu lugar
jardim sagrado o caraíba descobriu
sangra o coração do meu Brasil
o belo monstro rouba as terras dos seus filhos
devora as matas e seca os rios
tanta riqueza que a cobiça destruiu
Sou o filho esquecido do mundo
minha cor é vermelha de dor
o meu canto é bravo e forte
mas é hino de paz e amor
Sou guerreiro imortal derradeiro
deste chão o senhor verdadeiro
semente eu sou a primeira
da pura alma brasileira
Jamais se curvar, lutar e aprender
escuta menino, Raoni ensinou
liberdade é o nosso destino
memória sagrada, razão de viver
“andar aonde ninguém andou”
“chegar aonde ninguém chegou”
lembrar a coragem e o amor dos irmãos
e outros heróis guardiões
aventuras de fé e paixão
o sonho de integrar uma nação
kararaô… kararaô… o índio luta pela sua terra
da Imperatriz vem o seu grito de guerra!
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