- terça-feira, 18 abril 2017 21:51
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E parece que esses esforços continuam apresentando resultados. Uma boa notícia vem da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS). O Papagaio-de-cara-roxa registrou um total de 116 novos nascimentos. Isso aconteceu entre setembro de 2016 a março de 2017.
O êxito reprodutivo, ou seja, o número de aves que se desenvolveram no ninho e conseguiram alçar voo, foi de 75 filhotes. Isso tudo graças aos ninhos artificiais instalados no litoral do Paraná pelos pesquisadores do Projeto de Conservação do Papagaio-de-cara-roxa, que monitora a população das aves desde 1998. Os trabalhos se deram em dois locais: no Paraná e em São Paulo. No primeiro estado, foram cadastrados 140 ninhos e monitorados anualmente. O trabalho contou com a ajuda de dois moradores da região. Já em São Paulo, a iniciativa teve o apoio da Fundação Grupo Boticário e da Fundação Loroparque, que contribuíram com uma busca incessante de ninhos ativos.
O papagaio de cara roxa é endêmico da Mata Atlântica e ocorre somente nos estados de São Paulo e Paraná. Em 1998, a ONG Sociedade de Pesquisa de Vida Selvagem (SPVS) começou as pesquisas e o monitoramento da ave. Em 2003, eles iniciaram a colocação de ninhos artificiais para facilitar a reprodução segura de filhotes. Os ninhos são feitos com madeira e PVC. “Os casais se adaptaram muito bem aos ninhos artificiais. Hoje temos quase 100% deles ocupados e estamos experimentando colocá-los também em São Paulo”, conta Sezerban.
Comunidade envolvida
Esse esforço é conjunto. Além da ONG e das instituições envolvidas, o projeto conta também com a ajuda preciosa da comunidade local. Atualmente, as ações atuam em seis municípios do litoral sul de São Paulo, com maior intensidade na Ilha Comprida, Cananéia, Iguape e Pariquera-Açu. “É surpreendente ver como a comunidade está envolvida. Alguns moradores mais antigos se dispõem a nos apresentar a região e nos auxiliam na localização e na proteção dos ninhos, o que está ajudando muito no trabalho em campo e na manutenção dos ninhos com filhotes registrados”, afirma Elenise Sipinski, coordenadora do projeto.
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