sábado, 20 de maio de 2017

Fórum de Vulnerabilidade Climática (CVF) alerta que limitar o aquecimento global é questão de sobrevivência



Climate Vulnerable Forum – Drive for greater climate action - United Nations Climate Change Conference at Bonn, Germany 17 May 2017
Climate Vulnerable Forum – Drive for greater climate action – United Nations Climate Change Conference at Bonn, Germany 17 May 2017

Da Agência EFE / ABr



O Fórum de Vulnerabilidade Climática (CVF), grupo que reúne 50 nações especialmente vulneráveis ao aquecimento global, advertiu ontem (17) em Bonn, na Alemanha, que limitar esse fenômeno a um máximo de 1,5 graus centígrados é “questão de sobrevivência”. A informação é da Agência EFE.


“Para os países-membros do fórum, cumprir com a meta de 1,5 graus é simplesmente uma questão de sobrevivência”, declarou Debasu Bayleyegn Eyasu, que comanda a Direção de Coordenação de Mudança Climática do Ministério de Meio Ambiente da Etiópia, país que preside atualmente o CVF.



Eyasu acrescentou que já está ocorrendo “significativo impacto climático” com o atual nível de aquecimento. Ele falou em entrevista transmitida pela internet e realizada em Bonn, onde ocorre a reunião dos países do Acordo de Paris para preparar a próxima Conferência do Clima, marcada para novembro nessa cidade alemã.


Um aquecimento adicional “não fará mais do que aumentar os riscos de impactos graves, generalizados e irreversíveis”, afirmou.



A presidência etíope destacou que apesar dos graves riscos que enfrentam, os países-membros do CVF, que representam mais de 1 bilhão de pessoas nos cinco continentes, veem em uma “ambiciosa ação climática a oportunidade para prosperar”.



“Temos enorme déficit em ação climática”, advertiu Emmanuel M. De Guzman, da Comissão de Mudança Climática do Escritório da Presidência das Filipinas, país que precedeu a Etiópia à frente do CVF.



Segundo De Guzman, enquanto existe a possibilidade de frear a mudança climática é preciso aproveitá-la, pois “o fracasso não é uma opção”. Para ele, são necessárias ações imediatas e drásticas.



“Os 1,5 graus são nosso limite de oportunidade e esperança”, acrescentou.
Segundo Eyasu, “a ação climática pode reduzir riscos, limpar o ambiente, gerar novos trabalhos verdes, limitar a instabilidade econômica e potencializar o uso sustentável de recursos nacionais”.



A falta de uma ambiciosa ação climática, disse, “prejudicará muito seriamente” o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a chamada universal à adoção de medidas para pôr fim à pobreza, proteger o planeta e garantir que todas as pessoas gozem de paz e prosperidade

in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 18/05/2017

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