Sobre Tubarões, Baleias e Governos
Em mais uma Semana do Meio Ambiente, estaremos novamente expostos aos habituais chavões que pululam anualmente diante de nós desde que esta data “comemorativa” foi estabelecida, para que nos lembremos uma vez ao ano daquilo que deveríamos nos lembrar a cada dia e a cada gesto: temos só este planeta para viver, e estamos destruindo sua capacidade de suportar vida de maneira galopante, como se não houvesse amanhã.
Talvez nenhum tema esteja tão longe de nossa lembrança, mesmo nessa semana de reflexão forçada, quanto a conservação dos oceanos. Entretanto, mais do que as florestas tantas vezes decantadas, é deles que dependemos de maneira visceral para continuar existindo. E se, por um lado, tivemos a presciência de evitar a extinção das baleias em décadas recentes, por outro estamos levando muitas outras espécies igualmente relevantes dos ecossistemas marinhos à beira da extinção, através da pesca predatória que continua sem qualquer controle ou gestão, inclusive no Brasil. Espécies pouco simpáticas, porém essenciais ao equilíbrio ecológico dos oceanos, como os tubarões, estão sendo massacradas em nossas águas para atender à exportação de barbatanas para a China, onde viram um prato insosso, porém usado para dar status a eventos ditos tradicionais.
Não é por nada que dezenas de países já proíbem a matança de tubarões em suas águas, como fizeram também com as baleias. Eles valem mais vivos do que mortos, tanto por suas funções ambientais como pela geração de milhões em ecoturismo. No Brasil, infelizmente, nossos governantes seguem a reboque do lobby da mineração dos recursos pesqueiros, e teimam em nada fazer para estancar a degradação de nosso mar. Talvez os slogans, chavões e campanhas da Semana do Meio Ambiente precisem não apenas falar mais de oceanos, mas sim e principalmente levá-los a uma Brasília que não só não tem mar, mas parece não ter rumo na gestão ambiental.
Talvez nenhum tema esteja tão longe de nossa lembrança, mesmo nessa semana de reflexão forçada, quanto a conservação dos oceanos. Entretanto, mais do que as florestas tantas vezes decantadas, é deles que dependemos de maneira visceral para continuar existindo. E se, por um lado, tivemos a presciência de evitar a extinção das baleias em décadas recentes, por outro estamos levando muitas outras espécies igualmente relevantes dos ecossistemas marinhos à beira da extinção, através da pesca predatória que continua sem qualquer controle ou gestão, inclusive no Brasil. Espécies pouco simpáticas, porém essenciais ao equilíbrio ecológico dos oceanos, como os tubarões, estão sendo massacradas em nossas águas para atender à exportação de barbatanas para a China, onde viram um prato insosso, porém usado para dar status a eventos ditos tradicionais.
Não é por nada que dezenas de países já proíbem a matança de tubarões em suas águas, como fizeram também com as baleias. Eles valem mais vivos do que mortos, tanto por suas funções ambientais como pela geração de milhões em ecoturismo. No Brasil, infelizmente, nossos governantes seguem a reboque do lobby da mineração dos recursos pesqueiros, e teimam em nada fazer para estancar a degradação de nosso mar. Talvez os slogans, chavões e campanhas da Semana do Meio Ambiente precisem não apenas falar mais de oceanos, mas sim e principalmente levá-los a uma Brasília que não só não tem mar, mas parece não ter rumo na gestão ambiental.
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