quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Empresa de saneamento se une ao WWF-Brasil na conservação das águas do Pantanal




15 Agosto 2017   |   0 Comments
 
 
Responsável pela gestão de 24 concessões de água e esgoto no estado de Mato Grosso, a empresa Nascentes do Xingu acaba de aderir ao ‘Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal’, iniciativa criada pelo WWF-Brasil para conservarar a região onde nascem as águas responsáveis pelo ciclo das cheias e pela sobrevivência de milhares de animais e plantas.

A empresa se compromete a incentivar empreendimentos de saneamento básico e de gestão de resíduos sólidos, carências hoje na maioria dos municípios mato-grossenses. Também vai contribuir para o fortalecimento dos comitês de bacias e na ampliação da participação da população em ações ligadas ao acesso ao saneamento básico.

"O Pacto, criado pelo WWF-Brasil, é um movimento pioneiro para a conservação dos nossos mananciais, que são responsáveis pelo abastecimento de milhões de pessoas. Viemos para somar forças a esse projeto sério e vamos colaborar para que ele siga avançando com sucesso”, diz o diretor-presidente da holding, Julio de Oliveira Moreira.

O Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal

O Pacto tem por objetivo recuperar nascentes degradas e conservar os rios Paraguai, Sepotuba, Jauru e Cabaçal, que fornecem cerca de 30% das águas que mantêm o pulso de inundação da planície pantaneira e afetam diariamente a vida de mais de 400 mil pessoas.

O projeto conta atualmente com 49 entidades parceiras, dentre elas o governo do estado de Mato Grosso, o WWF-Brasil e a indústria de água Lebrinha. Atualmente, 82 nascentes já estão em processo de recuperação, mais de 40 famílias de baixa renda já foram beneficiadas com a instalação de biofossas em suas propriedades e mais de 100 km de estradas rurais já foram ambientalmente adequadas.

O WWF-Brasil atua no Pantanal desde a década de 1990. Em 2012, um estudo organizado pela ONG e parceiros revelou que a região das cabeceiras está em alto risco devido ao desmatamento, a falta de saneamento básico e as más práticas agropecuárias. Um estudo lançado em junho de 2017 pelo WWF-Brasil revelou que apenas 45% das cabeceiras do Pantanal estão preservadas.

“A região das cabeceiras está em risco e se elas estão em risco, o Pantanal também está em risco, porque a planície depende do planalto para sobreviver”, afirma o coordenador do Programa Cerrado Pantanal do WWF-Brasil Júlio César Sampaio. “A adesão de uma empresa do porte da Nascentes do Xingú é extremamente importante porque certamente ela vai ajudar o Pacto a conseguir mais resultados positivos para os rios e nascentes do Pantanal”. 

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