terça-feira, 7 de agosto de 2018

Inteligência artificial pode evitar testes de medicamentos em animais

Inteligência artificial pode evitar testes de medicamentos em animais

A inteligência artificial já está sendo empregada em diferentes áreas, gerando avanços significativos e facilitando a vida das pessoas. Agora, ela pode ser aplicada também para favorecer os animais.


06/08/2018 às 20:30
Por Redação
Divulgação

A inteligência artificial já está sendo empregada em diferentes áreas, gerando avanços significativos e facilitando a vida das pessoas. Agora, ela pode ser aplicada também para favorecer os animais. Um estudo recém-publicado na revista Toxicological Sciences indica que é possível prever as características de novos componentes usando, para isso, os dados disponíveis de testes e experimentos anteriores. Na prática, isso significa projetar efeitos (e efeitos colaterais) de novas drogas sem precisar testá-las em animais.

O estudo, que conta com pesquisadores de instituições como a Johns Hopkins University (Baltimore, EUA) e a University of Konstanz (Alemanha), treinou um sistema de inteligência artificial para prever quão tóxicas seriam milhares de substâncias químicas desconhecidas. As informações vêm de testes em animais realizados anteriormente.

As consequências são animadoras, pois, em alguns casos, os resultados são mais confiáveis e precisos que os dos testes em animais. O modelo criado pelos pesquisadores consegue prever o grau de toxicidade para 10 mil produtos químicos em 9 tipos de testes. Vários efeitos negativos podem ser analisados, desde ameaças a ecossistemas aquáticos até danos causados pela inalação das substâncias.

Um dos autores da pesquisa, o toxicologista da Johns Hopkins University, Thomas Hartung, afirma, em entrevista ao site The Next Web, que os modelos computacionais poderiam substituir alguns testes padrão que são aplicados a milhões de animais todos os anos. “O poder do big data significa que podemos produzir uma ferramenta mais previsível que vários testes em animais”.

A pesquisa que ele lidera utilizou dados coletados pela Agência Europeia de Produtos Químicos (ECHA) desde 2007. Utilizando uma técnica comum em inteligência artificial, o processamento natural de linguagem (NLP), eles alimentaram o modelo com informações de aproximadamente 10 mil produtos químicos e suas propriedades. Detalhe: esses dados foram obtidos por meio de quase 800 mil testes em animais.

As vantagens de utilizar inteligência artificial para testar efeitos de substâncias químicas não dizem respeito apenas aos animais, pois também tornam o processo mais rápido e menos dispendioso.

Fonte: TecMundo

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