Projeto Águas da Mantiqueira: Saiba como as agroflorestas, pecuária sustentável e restaurações ecológicas combatem a crise hídrica
Por Louise Demetrio –
Realizado pela Fundação Toyota do Brasil em parceria com a FUNDEPAG (Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio) o projeto Águas da Mantiqueira propõe novos planejamentos territoriais com desenvolvimento socioeconômico sustentável para a região de Santo Antônio do Pinhal (SP).
Cerca de 30 pesquisadores avaliaram as características da fauna e da flora local para que a prefeitura elabore um planejamento que não impacte negativamente o meio ambiente, mas que ensine os 7.000 habitantes que vivem na região a utilizar hoje os recursos naturais de forma consciente, para que as gerações futuras também tenham o direito de utilizá-las.
Além de melhorias no monitoramento e na infraestrutura local (uma vez que o índice de perdas do sistema de água do município ultrapassa de 40%) o outro grande foco do projeto está vinculado à educação das crianças e a conscientização dos adultos. Para isso foi criada a Horta Pedagógica, onde jovens poderão ter contato com a terra e reconhecimento de plantas nativas e alimentos da região.
Também faz parte das propostas do projeto conhecer os modelos de agroflorestas, que tratam-se de técnicas de plantio dentro das matas. André Cerveny, agricultor agroflorestal, esclarece a associação das novas técnicas: “Assim como devemos buscar outras fontes energéticas para nossa locomoção, devemos também buscar outras fontes energéticas para produzirmos nosso alimento.
A agrofloresta é uma nova forma de fazer isso, pois é uma agricultura de processos e não de insumos.” André comenta que caracteriza este manejo assim, já que diferentemente da agricultura convencional que necessita de agrotóxicos e fertilizantes para se manter, a agrofloresta utiliza de seus próprios microorganismos para a produção de alimentos. “Utilizamos as riquezas do próprio solo para fazer esse metabolismo florestal produzir essa fertilidade. Não precisa que ninguém vá adubar a floresta e podemos utilizar assim os recursos com mais responsabilidade, principalmente a água.”
E não são só modelos de uma agricultura sustentável que cercam a região. A pecuária, outra grande atividade econômica do município desde o início do século XIX que muitas vezes acaba por desmatar e a influenciar a perda das nascentes também agem de forma diferenciada. No Sítio Aconchego, é possível conhecer raças de vacas leiteiras de menor impacto ambiental, associadas às medidas sustentáveis sem que o negócio deixasse de ser lucrativo.
Ainda, faz parte do projeto o estímulo aos conhecimentos em vegetação e a fauna que circundam o local para que moradores possam exercer as chamadas Restaurações Ecológicas para a ampliação da quantidade e qualidade das águas de Santo Antônio do Pinhal.
Na propriedade Sítio Verde, o casal de artistas Dioclésio e Miriam compraram um terreno que antes havia sido espaço de lavoura e área de pecuária, para restaurar de forma gradativa e natural os que são hoje 24 hectares de floresta. O tecelão afirma que não foram ideologias que os levaram a comprar uma terra e reflorestar, mas sim o simples desejo de morar de uma maneira saudável. “Para muita gente o chamado de bem-estar e felicidade é para nós procurar o nosso lugar no mundo, e encontramos aqui. Espero que cada um possa encontrar os seus motivos, para que em algum momento tire o que puder do bolso e plante uma árvore. É isso que temos e podemos levar em frente.” E a esposa concorda ao dizer que o trabalho deles foi somente para encher os diversos caminhões carregados de lixos que havia na propriedade: “Hoje é um deleite constante ver a natureza fazendo seu próprio trabalho sozinha. Ela é quem fez a parte mais complicada.”
José Roberto Manna, coordenador técnico do projeto Águas da Mantiqueira e responsável pelo capítulo de Educação, nos mostra que as idealizações do grupo são não só ambiciosas, mas também fundamentais para que possamos adquirir conhecimento e responsabilidade por nossas ações dentro dos espaços que convivemos. “Daqui, deste projeto, colhemos informações mais apuradas, exemplos que deram certo e podem ser seguidos… Como um experimento mesmo, temos de aplicar tudo o que aprendemos e poderemos reverter a situação de falta de água.” (#Envolverde)
Realizado pela Fundação Toyota do Brasil em parceria com a FUNDEPAG (Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio) o projeto Águas da Mantiqueira propõe novos planejamentos territoriais com desenvolvimento socioeconômico sustentável para a região de Santo Antônio do Pinhal (SP).
Cerca de 30 pesquisadores avaliaram as características da fauna e da flora local para que a prefeitura elabore um planejamento que não impacte negativamente o meio ambiente, mas que ensine os 7.000 habitantes que vivem na região a utilizar hoje os recursos naturais de forma consciente, para que as gerações futuras também tenham o direito de utilizá-las.
Além de melhorias no monitoramento e na infraestrutura local (uma vez que o índice de perdas do sistema de água do município ultrapassa de 40%) o outro grande foco do projeto está vinculado à educação das crianças e a conscientização dos adultos. Para isso foi criada a Horta Pedagógica, onde jovens poderão ter contato com a terra e reconhecimento de plantas nativas e alimentos da região.
Também faz parte das propostas do projeto conhecer os modelos de agroflorestas, que tratam-se de técnicas de plantio dentro das matas. André Cerveny, agricultor agroflorestal, esclarece a associação das novas técnicas: “Assim como devemos buscar outras fontes energéticas para nossa locomoção, devemos também buscar outras fontes energéticas para produzirmos nosso alimento.
A agrofloresta é uma nova forma de fazer isso, pois é uma agricultura de processos e não de insumos.” André comenta que caracteriza este manejo assim, já que diferentemente da agricultura convencional que necessita de agrotóxicos e fertilizantes para se manter, a agrofloresta utiliza de seus próprios microorganismos para a produção de alimentos. “Utilizamos as riquezas do próprio solo para fazer esse metabolismo florestal produzir essa fertilidade. Não precisa que ninguém vá adubar a floresta e podemos utilizar assim os recursos com mais responsabilidade, principalmente a água.”
E não são só modelos de uma agricultura sustentável que cercam a região. A pecuária, outra grande atividade econômica do município desde o início do século XIX que muitas vezes acaba por desmatar e a influenciar a perda das nascentes também agem de forma diferenciada. No Sítio Aconchego, é possível conhecer raças de vacas leiteiras de menor impacto ambiental, associadas às medidas sustentáveis sem que o negócio deixasse de ser lucrativo.
Ainda, faz parte do projeto o estímulo aos conhecimentos em vegetação e a fauna que circundam o local para que moradores possam exercer as chamadas Restaurações Ecológicas para a ampliação da quantidade e qualidade das águas de Santo Antônio do Pinhal.
Na propriedade Sítio Verde, o casal de artistas Dioclésio e Miriam compraram um terreno que antes havia sido espaço de lavoura e área de pecuária, para restaurar de forma gradativa e natural os que são hoje 24 hectares de floresta. O tecelão afirma que não foram ideologias que os levaram a comprar uma terra e reflorestar, mas sim o simples desejo de morar de uma maneira saudável. “Para muita gente o chamado de bem-estar e felicidade é para nós procurar o nosso lugar no mundo, e encontramos aqui. Espero que cada um possa encontrar os seus motivos, para que em algum momento tire o que puder do bolso e plante uma árvore. É isso que temos e podemos levar em frente.” E a esposa concorda ao dizer que o trabalho deles foi somente para encher os diversos caminhões carregados de lixos que havia na propriedade: “Hoje é um deleite constante ver a natureza fazendo seu próprio trabalho sozinha. Ela é quem fez a parte mais complicada.”
José Roberto Manna, coordenador técnico do projeto Águas da Mantiqueira e responsável pelo capítulo de Educação, nos mostra que as idealizações do grupo são não só ambiciosas, mas também fundamentais para que possamos adquirir conhecimento e responsabilidade por nossas ações dentro dos espaços que convivemos. “Daqui, deste projeto, colhemos informações mais apuradas, exemplos que deram certo e podem ser seguidos… Como um experimento mesmo, temos de aplicar tudo o que aprendemos e poderemos reverter a situação de falta de água.” (#Envolverde)
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