sexta-feira, 26 de julho de 2019

Encontro em SP discute alternativas ao agronegócio

Encontro em SP discute alternativas ao agronegócio

In Agricultura Camponesa, Agroecologia, De Olho na Comida, Em destaque, Povos Indígenas, Quilombolas, Últimas
De Olho nos Ruralistas, Slow Food, O Joio o Trigo e Campanha Contra Agrotóxicos debatem no dia 25, Dia Internacional da Agricultura Familiar, outras formas de cultivo; observatório lança “De Olho na Fronteira”, sobre latifundiários com terras no Mato Grosso do Sul e no Paraguai

O papel social, econômico e ambiental da agricultura camponesa será tema do debate “Por outra agricultura: construindo alternativas ao agronegócio”, quinta-feira, no Ateliê do Bixiga, em São Paulo. Na ocasião, especialistas no assunto apresentarão opções ao modelo de cultivo da terra propagado pelas grandes empresas com apoio da indústria, da mídia hegemônica e do atual governo, com forte representação na Câmara e no Senado por meio da bancada ruralista.

O encontro, promovido pelo De Olho nos Ruralistas em parceria com o movimento Slow Food Brasil, O Joio e o Trigo e a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida reunirá Ademar Ludwig, coordernador da Rede Armazém do Campo, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST); Glenn Makuta, do Slow Food; Susana Prizendt, da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida; e João Peres, de O Joio e o Trigo. O debate será mediado pela antropóloga Natalie Lima, da equipe do De Olho nos Ruralistas.

Na pauta, discussões sobre o uso abusivo de agrotóxicos, os conflitos provocados por latifundiários na disputa por terras com indígenas, camponeses, quilombolas, as dívidas bilionárias do agronegócio com o governo e o enfraquecimento da legislação ambiental pela bancada ruralista.

Na mesma noite, o observatório apresentará ao público o mapa De Olho na Fronteira, a ser distribuído para a plateia. A publicação mostra quem são os grandes proprietários que enriqueceram com o modelo predatório do agronegócio brasileiro na fronteira entre o Paraguai e o Mato Grosso do Sul – região repleta de histórias de conflitos indígenas. São histórias de latifundiários – e não de colonos – que possuem latifúndios dos dois lados da fronteira. A maioria mora no Brasil.

O projeto para elaboração e impressão do mapa contou com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo, com fundos do Ministério Federal para a Cooperação Econômica e de Desenvolvimento da Alemanha. Ele foi elaborado com base na série jornalística De Olho no Paraguai, um especial com 36 reportagens publicadas por este observatório. As histórias de desmatamento e os conflitos com camponeses e indígenas se repetem dos dois lados da fronteira, com os mesmos protagonistas.

No evento, os participantes terão oportunidade de degustar receitas agroecológicas, um oferecimento da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida e concorrerão ao sorteio de dois livros:

“O protegido – por que o país ignora as terras de FHC”, do jornalista Alceu Luís Castilho, coordenador do De Olho nos Ruralistas; e “Roucos e Sufocados”, de João Peres e Moriti Neto.
A entrada é franca, sem necessidade de inscrição.

Por outra agricultura: construindo alternativas ao agronegócio

Data
: dia 25 de julho, quinta-feira, às 19 horas
Local: Ateliê do Bixiga (Rua Conselheiro Ramalho, 945, Bela Vista)

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