Será que para eles vai doer menos?
[17/02/2020] [16:42]
Meu primeiro prêmio no jornalismo foi resultado da cobertura do escoamento da safra de soja para o porto de Rio Grande, na boleia de um Fenemê. Foi em 1972. De lá até hoje, a área plantada não chegou sequer a dobrar, mas a colheita quintuplicou, numa invejável produtividade, que compete com o meio-oeste americano. Um bilhão e meio de habitantes do planeta podem ser alimentados pelo trabalho e tecnologia de 5 milhões de produtores rurais brasileiro. Produzem quase uma quarta parte do PIB e respondem por metade das exportações. Somos campeões mundiais em açúcar, café, suco de laranja, soja, carnes. A produção da terra passa de 1 bilhão de toneladas. O agro, com toda sua cadeia econômica, gera 40% dos empregos no Brasil. Um sucesso absoluto.
Naqueles anos em que eu iniciava o jornalismo nas páginas de economia do Jornal do Brasil, a ênfase era para o sonho de o Brasil tornar-se um país industrializado. O mundo desenvolvido tinha por sinônimo a industrialização. A agricultura e pecuária pareciam atividades do passado. Hoje a indústria patina nos números, na renovação, na atualização. Vai bem a indústria voltada para o campo e lavoura – moderna, digitalizada.
Mas o setor industrial foi ultrapassado pela agropecuária na participação do PIB. Enquanto os produtores rurais pensam para o futuro e vivem o futuro, com todas as dificuldades de escoamento e embargos tributários e trabalhistas, a indústria parece presa a um ritmo discreto e lento.
O mundo urbano parece não se dar conta da riqueza do agro. Há quem pense que o alimento aparece na prateleira do supermercado vindo de alguma indústria. Já ouvi uma repórter falar em “fábrica de leite”. Esclareci a ela que fábrica de leite se chama vaca. Já fui visitado por um menino carioca que nunca havia visto uma galinha com penas e cacarejando no galinheiro; só o frango depenado e limpo no balcão frigorífico. E há os que combatem os que produzem no campo, sem saber que seu prato farto e acessível a cada refeição é produto do entusiasmo dos produtores rurais. O agro foi o que nos fez respirar, equilibrando nossas contas externas, quando os anos Dilma nos afogavam em recessão.
Hoje no campo, insumos essenciais já são o computador e a conectividade. O campo está digitalizado. Há milhares de produtores trabalhando com defensivos naturais e buscando fertilizantes que diminuam a dependência dos importados. E tudo isso ocupando apenas uns 8% do território nacional. Os ruralistas do brasilzão real estão dando exemplo de desenvolvimento e progresso, mesmo com o emaranhando de normas, que parecem ser de um país masoquista, que quer ser pobre mas tem um tremendo potencial para ser riquíssimo. O potencial de produzir cada vez mais o mais essencial dos produtos, que é o alimento.
http://centralsul.org/2019/agrotoxicos-causam-morte-em-massa-de-abelhas/
https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/2018/10/29/antas-contaminadas-alertam-uso-de-agrotoxicos-proibidos-no-brasil.ghtml
https://www.omane.com.br/coluna/alimentos-com-agrotoxicos-causam-doencas-e-mortes.html
https://www.acritica.com/channels/governo/news/sapo-raro-da-amazonia-pode-ser-extinto-apos-liberacao-de-agrotoxico-pelo-governo-federal
https://www.achetudoeregiao.com.br/noticias2/praga_humana.htm
http://centralsul.org/2019/agrotoxicos-causam-morte-em-massa-de-abelhas/
https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/2018/10/29/antas-contaminadas-alertam-uso-de-agrotoxicos-proibidos-no-brasil.ghtml
https://www.omane.com.br/coluna/alimentos-com-agrotoxicos-causam-doencas-e-mortes.html
https://www.acritica.com/channels/governo/news/sapo-raro-da-amazonia-pode-ser-extinto-apos-liberacao-de-agrotoxico-pelo-governo-federal
https://www.achetudoeregiao.com.br/noticias2/praga_humana.htm
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