Polícia Federal descarta participação de brigadistas de Alter do Chão nos incêndios da Amazônia
Marina Langquinta-feira, 27 agosto 2020 23:59
Após uma perícia com duração de quatro meses, a PF constatou que, além de os incêndios terem começado em pontos distantes da região inicialmente apontada pela Polícia Civil, o fogo se originou por ação humana. Agentes foram a campo investigar os princípios das queimadas, além de analisar imagens de satélites. No entanto, de acordo com o relatório, não foi possível identificar quem teria iniciado os incêndios e, portanto, pede o arquivamento do inquérito. A conclusão diverge do que foi apontado pelas investigações estaduais.
“Dessa forma, considerando que foram feitos diversos estudos técnico-científicos e levantamentos e que apesar de todos os esforços empreendidos, nenhum resultou em uma definição significativamente clara de autoria, e que efetivamente não existe nenhum elemento que comprove a ação de algum dos investigados para a ocorrência do incêndio, resta prejudicado o apontamento autoral”, finaliza o relatório da PF.
A prisão dos brigadistas teve repercussão internacional em setembro do ano passado. Eles tiveram seus cabelos raspados e ficaram detidos por dois dias. Depois de soltos, todos se mudaram para São Paulo temendo retaliações por parte de grileiros de terra. Eles sempre negaram as acusações.
O pedido de indiciamento ainda não foi acatado pelo Tribunal de Justiça do Pará. O juiz responsável pelo caso é Alexandre Rizzi, que foi advogado de defesa de uma madeireira pertencente à sua família no Pará.
Foi ele quem determinou a prisão preventiva dos brigadistas, sob argumento de “garantia da ordem pública” a fim de, supostamente, evitar “a reiteração da prática delitiva, além de garantir a colheita de elementos para a instrução criminal”.
((o))eco apurou que edificações estão sendo feitas, atualmente, por residentes nos locais das queimadas.
Um comentário:
Provavelmente os responsaveis pelo fogo foram os invasores e grileiros interessados em construir ilegalmente no local.A foto parece confirmar essa hipotese.
Enquanto o Governo Federal permitir e até incentivar inavasões e grilagens a natureza continuará a ser dizimada.
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