Alertas de desmatamento na Amazônia diminuíram em novembro, diz governo
Queda foi de 45% em comparação com o mesmo mês de 2019. Os dados do sistema Deter foram antecipados pelo Ministério da Defesa.
Os alertas de desmatamento na Amazônia diminuíram 45% em novembro, em comparação com o mesmo mês de 2019. Os dados foram informados pelo Ministério da Defesa.
A notícia da queda no desmatamento na Amazônia, em novembro, registrada pelo sistema Deter, que emite alertas diários de áreas desmatadas, foi antecipada pelo Ministério da Defesa.
Leia também:
Na comparação com novembro de 2019, a queda foi de 45% nos alertas de desmatamento, ou seja, de 563 quilômetros quadrados para 310 quilômetros quadrados.
Quando se compara o período entre agosto e novembro de 2020 com o mesmo período de 2019, a redução acumulada chega a 19% segundo o Ministério da Defesa.
A Defesa também informou redução de 44% no número de focos de queimada, na Amazônia, em novembro em relação ao mesmo mês de 2019.
No Pantanal, a queda foi de 40% e o cerrado teve redução de 9%, abaixo da média esperada para o mês.
O governo diz que “o resultado tem a contribuição de uma equipe de analistas de 11 órgãos governamentais”. Segundo o Ministério da Defesa, “especialistas fazem a fusão e a verificação de informações disponíveis nos bancos de dados de agências de proteção ambiental e órgãos policiais e relatórios mostram detalhes de onde ocorre o desmatamento e o garimpo ilegal”. O ministério diz que, com essas informações, é feito o planejamento das ações das Forças Armadas e equipes de fiscalização.
Os números oficiais serão divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) na sexta-feira (11) com mais detalhes. O vice-presidente Hamilton Mourão disse que essa queda no desmatamento se deve ao aumento das ações de fiscalização.
“É a fiscalização atuando, é o resultado do trabalho da Operação Verde Brasil, que é uma integração entre Forças Armadas, Polícia Federal, Força Nacional de Segurança, Ibama, ICMBio, agências estaduais, as polícias militares estaduais, todo mundo trabalhando junto”, disse Mourão.
Cientistas que estudam o desmatamento no Brasil dizem que o governo não revela todos os detalhes das ações de fiscalização, o que dificulta uma avaliação sobre o efeito delas. Para eles os números revelam uma melhora, mas é preciso cautela.
Outro sistema do Inpe, o Prodes, que faz o levantamento anual consolidado, indica que o desmatamento na Amazônia Legal de agosto de 2019 a julho de 2020 foi 9,5% maior em relação ao mesmo período anterior.
Mais de 11 mil quilômetros quadrados foram desmatados e, nos últimos meses, segundo esse sistema, os números vêm oscilando. Em setembro, tivemos queda no desmatamento. Em outubro, alta e agora, em novembro, nova queda.
“É uma boa notícia que a gente está desacelerando, ainda é uma taxa de desmatamento muito alta, a segunda maior nos últimos dez anos, só perdendo para 2019. E o que a gente precisa ver é esse processo ter consistência ao longo dos próximos meses para que a gente possa consolidar a queda no desmatamento”, disse o Tasso Azevedo, do Mapbiomas.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário