quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Mensagem de um defensor das mulheres.



Somos homens. E eu vou usar linguagem "de homem", para tentar ficar mais claro.
Ninguém nos apalpa no caminho do banheiro, na balada, puxa nosso cabelo ou nosso braço, ou sussurra "vagabundo" no pé do nosso ouvido apenas porque queremos mijar.


Ninguém nos encoxa no metrô ou no ônibus, goza na nossa calça ou no nosso ombro, filma escondido a gola da camisa e publica em site pornô.

Ninguém fotografa nossa bunda e envia por Whatsapp. Ninguém coloca câmera escondida p'ra filmar por baixo de nossas bermudas na rua.

Ninguém pega foto do nosso pau ou vídeo gravado transando p'ra tirar onda com as amiguinhas de como nós somos gostosos e que vagabundos nós somos.

Ninguém se vinga de fim de relacionamento expondo nossa intimidade na Internet, p'ra familiares, amigos, chefes.

Nenhum taxista, por mais bêbado que estivesse, me levou p'ra um matagal em vez do destino que pedi.


Nunca fui seguido na rua, voltando do trabalho, e temi coisa alguma senão perder o celular ou a carteira.

Nenhuma mulher nojenta ficou se lambendo ou esfregando a mão enquanto eu atravesso a rua.
Nenhum assaltante jamais enfiou a mão na minha calça ou tentou me beijar à força.

Ninguém nunca me ameaçou a vida depois de uma bota.

Ninguém nunca ameaçou meu emprego a troco de sexo.

Nunca tive medo de circular de noite ou de dia e ser vítima de um estupro.

Meu salário é oferecido de acordo à minha qualificação e estado do mercado. Só.

Minha liberdade sexual é garantida pelos bagos que carrego, e, inclusive, quanto mais mulheres eu colecionar, mais foda eu sou.

Ninguém espera que eu largue o trabalho e dedique minha vida a filhos, quando eles nascerem.

Ninguém vai me chamar de puto se desejar tomar uma cerveja no fim do expediente.

Ninguém vai criar qualquer conceito sobre mim senão baseado nas minhas reais atitudes.

Então, fera, veja em quantos pontos supracitados você se enquadra e me conta como é bacana a vida sem essa violência indireta ou direta, como é simples viver assim.

Lembra desse papo quando nomear "vitimismo", "mimimi", "falta de rola", "louça p'ra lavar", enfim, os clichês que a gente conhece bem.

Não precisa pensar na desconhecida não: pensa na sua mãe, sua irmã, sua companheira, sua filha...
Faz o mais forte exercício de empatia do mundo, que é se colocar no lugar delas, volta aqui e me chama de "feministo".

Aguardo ansiosamente.

Comentários

1.Não são apenas os homens que fazem isso com as mulheres, Mario.As lésbicas são responsáveis por grande parte do assedio sexual que as mulheres normais sofrem. E é ainda mais degradante.Só que não existe uma delegacia especializada  para nos proteger das lésbicas.

Anônima

2.A delegacia especializada para casos de assedio entre mulheres é a delegacia da mulher... Lembrando também que em casos de violência doméstica a lei que confere é a Maria da Penha. em Mensagem de um defensor das mulheres.
Anônimo
3.Concordo com a Anônima.Lésbica é tão agressiva quanto os homens .Já fui ameaçada de perder emprego por uma chefe lésbica. Elas não se enxergam, se acham o máximo, te cercam nos corredores, põem a mão na gente em lugares íntimos quando, por acaso, nos pegam sozinhas no elevador.E o nojo que causam na gente é um milhão de vezes maior do que o nojo que o homem mais feio do mundo poderia nos causar caso nos assediasse fisicamente. 

As lésbicas estão se achando o máximo, achando que podem convencer qualquer mulher considerada hétero a transar com elas.Isso não é verdade!Lésbica causa repulsa em mulher normal.Por mais lindas que se achem, por mais malhadas, etc...a repulsa é igual.Mas elas não entendem isso.Prefiro ser paquerada e assediada por um homem super feio, mendigo de rua, do que pela lésbica mais metida a sofisticada desse mundo.

Mulher hétero pede socorro.

Um comentário:

Anônimo disse...

A delegacia especializada para casos de assedio entre mulheres é a delegacia da mulher... Lembrando também que em casos de violência doméstica a lei que confere é a Maria da Penha.