“Bolsa Crack” de São Paulo é uma vergonha no Brasil
18:36:25
A preguiça mental dos petistas para
pensar, projetar e executar projetos está levando o Brasil a bancarrota.
Como num país capitalista que tudo é feito com e para o dinheiro, o
governo do PT consegue a façanha de ser ainda mais selvagem quando se
trata de resolver os problemas sociais a curto prazo usando o dinheiro
do contribuinte. É o caso, por exemplo de São Paulo, onde o prefeito
Fernando Haddad acaba de criar o “Bolsa Crack”, que vai destinar 15
reais a 400 craqueiros da cracolândia, no Centro da capital, para
higienizar o local onde eles mesmos moram em 160 barracas que servem de
abrigo e incomodam, segundo a prefeitura, os olhos dos turistas e
moradores da cidade.
O Brasil hoje tem bolsa pra tudo. Basta o governo identificar um
problema social que logo saqueia o bolso do contribuinte para resolver a
situação sem ao menos discutir o problema. Esse é retrato, sem retoque,
de um governo incompetente que não encontra saída inteligente para os
grandes males que afligem o país. É mais fácil sacar dinheiro do tesouro
para amenizar situações com soluções improvisadas e imediatistas do que
pensar, planejar e executar um projeto a médio ou a longo prazo. ...
A epidemia do crack no Brasil não se resolve com R$ 15 reais. O
problema é mais sério. A situação hoje é de calamidade e de saúde
pública. Os craqueiros nada mais são do que vítimas impotentes de um
governo estabanado que abandonou os investimentos sociais para projetar
um “Avante Brasil”, ou o “Brasil do Milagre Econômico” , slogans
apregoados pela ditadura para esconder o Brasil real, a exemplo do que
faz o PT quando manipula os índices econômicos e aumenta impostos à
revelia numa atitude autoritária só dispensada aos déspotas.
Você lembra dos primeiros comerciais da Dilma, candidata a presidente
em 2010? Então, vou refrescar a sua memória. Em maio de 2010, a Dilma se
apresentou na televisão em vários spots do PT com o slogan: “Brasil
contra Crack” em que convocava a sociedade para uma brigada contra a
droga que afetava a família brasileira.
Ao ser cutucada pelo candidato
tucano José Serra que a chamou de demagoga por tratar com tanta
leviandade o problema do droga, quando se sabia que o PT era
parcimonioso com Evo Morales, presidente boliviano que incentiva o
plantio da cocaína, base do crack, em seu território, Dilma saiu-se com
essa: “Não podemos desprezar nossos vizinhos e olhar com soberba para
países diferentes de nós. Essa é a política imperialista que leva à
guerra, leva ao conflito, leva ao desprezo”. Quase quatro anos depois,
os fatos mostram que o governo brasileiro fechou os olhos para o seu
“irmão” traficante a escancarou o mercado da droga vindo da Bolívia.
O governo de Hadad, que vai de mal a pior em São Paulo, é o reflexo do
que o marketing político pode produzir. Ele é, na verdade, o espelho da
Dilma no Brasil: inexperiente e descoordenado do mundo real, mas ambos
empurrados de goela adentro do eleitor como bons administradores. Haddad
remunera em R$ 15 reais os craqueiros para que eles ajudem nos serviços
de rua. Oferece também alimentação e casas de triagem como se o
problema se resolvesse com esses artifícios imediatistas.
A política petista para esse problema foi abandonada pela própria Dilma
quando não liberou recursos para combater a epidemia que já afeta mais
de um milhão e meio de pessoas no Brasil, ao contrário da propaganda que
produziu na campanha eleitoral. O programa “Crack, é possível vencer”
teve um desembolso de apenas 166 milhões de reais do total de 558
milhões, ou seja: 30% do que foi projetado para gastar. Isso mostra que a
Dilma esqueceu os compromissos de campanhas, o que compromete suas
promessas futuras nas eleições deste ano.
O Tribunal Superior Eleitoral, portanto, faz vista grossa as promessas
de campanhas. Uma lei do próprio TSE exige o cumprimento das propostas
dos candidatos vitoriosos. Ao contrário da regra dos contraventores
cariocas, nas campanhas eleitorais “não vale o que está escrito”.
Fonte: Jorge Oliveira-Portal Diário do Poder - 12/01/2014
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