quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

De onde virá a agua para atender um milhao a mais de pessoas?

Governo quer construir setor habitacional entre São Sebastião e Santa Maria Especialistas mostram preocupação. Empresas imobiliárias já têm 80% dos terrenos

Thaís Paranhos
Maryna Lacerda
Publicação: 29/12/2013 07:12 Atualização:

Condomínio próximo à área onde será erguido o setor habitacional: novo bairro depende de projeto urbanístico  (Geyzon Lenin/Esp. CB/D.A Press - 9/10/13)
Condomínio próximo à área onde será erguido o setor habitacional: novo bairro depende de projeto urbanístico

Uma região administrativa com prédios de até 15 andares para abrigar 900 mil habitantes, o equivalente a quatro vezes a população do Plano Piloto e a um terço de todo o Distrito Federal. O projeto imobiliário está previsto para uma área do tamanho de 17 mil campos de futebol, à margem da DF-140, entre São Sebastião e Santa Maria. Para sair do papel, faltam alguns acertos entre técnicos do Governo do Distrito Federal e de estudos de impactos ambiental e urbanístico.

A nova cidade provocará um adensamento populacional em uma região tomada por condomínios horizontais irregulares e muita mata nativa. A última malha urbana a ser habitada no DF está situada a 30km da Rodoviária do Plano Piloto. Mais de 300 empresários do ramo imobiliário já demonstraram interesse em erguer um empreendimento no local.


Em discussão desde outubro, técnicos da Secretaria de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano (Sedhab) finalizam as diretrizes da região. Até agora, estabeleceram que todas as quadras serão de uso misto, sendo autorizada a construção de prédios residenciais e comerciais. Na área central, serão permitidos edifícios de até 15 pavimentos e, nas demais regiões, de até 12 andares. “Ficou definido que as avenidas poderão ter comércio, serviço e habitação para a dinâmica urbana. É diferente em relação ao Plano Piloto, onde as atividades são setorizadas e os usos dependem do horário do dia”, comentou a diretora de Planejamento Urbano da Sedhab, Moema de Sá.

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