O candidato a presidente Aécio Neves (PSDB) afirmou neste sábado (6),
em Presidente Prudente, no interior de São Paulo que a atual
administração federal é um "governo de mediocridade e descompromisso com
a ética" e que a "Petrobras se transformou numa organização criminosa".
Aécio
comentou a delação, pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa,
de suposta propina para políticos. Em depoimento ao Ministério Público
(MPF) e à Polícia Federal (PF), Costa citou o presidente do Congresso,
senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Segundo o ex-diretor da Petrobras,
parlamentares receberiam 3% sobre contratos da estatal.
Aécio
defendeu a investigação "aprofundada" das denúncias e a punição
"exemplar" aos responsáveis. "Não podemos agora tapar o sol com a
peneira." Conforme o candidato do PSDB a presidente, "o Brasil acordou
perplexo hoje com a gravidade das denúncias em relação à Petrobras"."Na
verdade, estamos frente ao mensalão 2. Dinheiro público sendo utilizado
para sustentar um projeto de poder", afirmou.
De
acordo com Aécio, poucas vezes na história do Brasil se assistiu a
"tanta desfaçatez". Ele disse ainda que, no processo de instalação da
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado e da CPI Mista do
Congresso sobre a estatal, o que a oposição queria era que todas as
denúncias fossem investigadas "em profundidade".
"Agora,
com as denúncias do ex-diretor da Petrobras, estamos frente a um
acinte, a algo absolutamente vergonhoso", disse. "Só existe um
instrumento à disposição para limparmos definitivamente a vida pública
do País, desse tipo de atitude, que é o voto", declarou. Na análise do
candidato do PSDB, "é muito importante que essas investigações sejam
aprofundadas, que os responsáveis por esses desvios sejam punidos, mas o
fato concreto é que, durante todos os últimos nove anos, o mensalão
continuou a existir nesse governo".
"A atual
presidente da República controlou com mão de ferro essa empresa ao longo
de todos os últimos 12 anos, como ministra de Minas e Energia e
presidente do seu conselho (da Petrobras), depois como ministra-chefe da
Casa Civil e ainda presidente do conselho, e depois como presidente da
República", prosseguiu.
"Não se trata de um
malfeito isolado de alguém que involuntariamente ou solitariamente
resolveu fazer ali um ato, cometeu uma irregularidade. É um processo
contínuo, orquestrado, organizado. E ao que me parece, sob as bênçãos do
governo do PT", julgou.
Aloysio
Nunes Ferreira, candidato à vice na chapa de Aécio, falou sobre a situação econômica do País. Na análise
ele, a economia está parada e a inflação, alta. Ele também comentou o
suposto esquema de propina na Petrobras. Disse que "o mensalão tem no
DNA a marca do PT " e que "a Petrobras se transformou num bordel".
Já
Alckmin falou sobre o apoio que pretende dar, se eleito, à agricultura
familiar. De manhã, Alckmin visitou o Assentamento Primavera, em
Presidente Venceslau. Ele disse que fará a regularização fundiária de
propriedades de até 450 hectares. Também se referiu às denúncias sobre a
Petrobras e disse que vê a estatal "ser assaltada". (Estadão)
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