Na reta final da eleição, PT e PSDB apostam na TV e Web
Publicado: 21 de setembro de 2014 às 12:07
São Paulo - A menos de 20 dias do primeiro turno das eleições
presidenciais e com um cenário de volatilidade nas pesquisas de intenção
de voto, as campanhas dos candidatos do PT, Dilma Rousseff, e do PSDB,
Aécio Neves, decidiram apostar na divulgação de seus programas de
governo em “doses homeopáticas”, nos programas do horário eleitoral
gratuito, principalmente na TV, e na internet. A perspectiva é que,
dependendo da dinâmica dos próximos dias, o anúncio dos programas pode
não ocorrer antes do primeiro turno.
A justificativa dos adversários do PT e do PSDB é a mesma: o receio
de que a divulgação formal do programa de governo, como fez a candidata
do PSB, Marina Silva, possa abrir um flanco para ataques que poderiam
prejudicar as duas candidaturas neste momento decisivo da corrida ao
Palácio do Planalto.
Por isso, a alternativa de apresentar as propostas na TV e nas plataformas web.
A tática já foi colocada em prática por petistas e tucanos. Nesta semana, por exemplo, uma das inserções de Dilma no horário eleitoral de televisão foi praticamente toda reservada para as propostas para diminuir os custos das pequenas e microempresas e para reduzir a burocracia. Aécio Neves também segue na mesma linha e já apresentou, por exemplo, medidas como a diminuição da maioridade penal e a criação do Ministério da Segurança Pública.
O comitê pela reeleição da Dilma tem o diagnóstico de que a candidatura de Marina Silva começou a sofrer um processo de “desconstrução” depois da divulgação de um programa de governo considerado falho. Um dia depois de lançar seu plano, Marina recuou na defesa de bandeiras da causa dos homossexuais que constavam na primeira versão do texto e, desde então, tem sido atacada por trechos do documento que sugerem menos protagonismo para os bancos públicos e, de acordo com o PT, relegam o pré-sal ao segundo plano.
Além disso, segundo fontes que participam da elaboração dos cadernos setoriais da campanha de Dilma, alguns temas estão passando por uma revisão interna dentro do comitê. O ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, por exemplo, foi encarregado de promover ajustes nas propostas para trabalho e emprego. Apesar de a presidente Dilma já ter declarado que não haverá o lançamento de um programa de governo unificado em texto, setores do PT defendem que haja, sim, a publicação de um documento, nem que seja apenas no segundo turno.
Apesar de atuarem em campos opostos, o diagnóstico no comitê do candidato do PSDB é o mesmo do PT. Questionado sobre o lançamento de seu programa de governo, Aécio diz apenas que “vai sair, e que não será escrito a lápis”, numa alusão aos problemas enfrentados por Marina. Apesar dos adiamentos, a equipe de coordenação do programa de Aécio segue trabalhando com a perspectiva de que ele poderá ser lançado “na semana que vem”.
Indagado sobre o fato de que “a próxima semana” já vem sendo anunciada há quase um mês, um dos coordenadores disse ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado: “O programa já está elaborado, mas quem define o dia do lançamento é o Aécio.” (Elizabeth Lopes e Vera Rosa/AE)
Por isso, a alternativa de apresentar as propostas na TV e nas plataformas web.
A tática já foi colocada em prática por petistas e tucanos. Nesta semana, por exemplo, uma das inserções de Dilma no horário eleitoral de televisão foi praticamente toda reservada para as propostas para diminuir os custos das pequenas e microempresas e para reduzir a burocracia. Aécio Neves também segue na mesma linha e já apresentou, por exemplo, medidas como a diminuição da maioridade penal e a criação do Ministério da Segurança Pública.
O comitê pela reeleição da Dilma tem o diagnóstico de que a candidatura de Marina Silva começou a sofrer um processo de “desconstrução” depois da divulgação de um programa de governo considerado falho. Um dia depois de lançar seu plano, Marina recuou na defesa de bandeiras da causa dos homossexuais que constavam na primeira versão do texto e, desde então, tem sido atacada por trechos do documento que sugerem menos protagonismo para os bancos públicos e, de acordo com o PT, relegam o pré-sal ao segundo plano.
Além disso, segundo fontes que participam da elaboração dos cadernos setoriais da campanha de Dilma, alguns temas estão passando por uma revisão interna dentro do comitê. O ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, por exemplo, foi encarregado de promover ajustes nas propostas para trabalho e emprego. Apesar de a presidente Dilma já ter declarado que não haverá o lançamento de um programa de governo unificado em texto, setores do PT defendem que haja, sim, a publicação de um documento, nem que seja apenas no segundo turno.
Apesar de atuarem em campos opostos, o diagnóstico no comitê do candidato do PSDB é o mesmo do PT. Questionado sobre o lançamento de seu programa de governo, Aécio diz apenas que “vai sair, e que não será escrito a lápis”, numa alusão aos problemas enfrentados por Marina. Apesar dos adiamentos, a equipe de coordenação do programa de Aécio segue trabalhando com a perspectiva de que ele poderá ser lançado “na semana que vem”.
Indagado sobre o fato de que “a próxima semana” já vem sendo anunciada há quase um mês, um dos coordenadores disse ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado: “O programa já está elaborado, mas quem define o dia do lançamento é o Aécio.” (Elizabeth Lopes e Vera Rosa/AE)
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