22/09/2014 12h37
- Atualizado em
22/09/2014 17h14
Encontro vai relançar ações para lutar contra o aquecimento global.
Objetivo é alinhar discurso para se chegar a um acordo concreto em 2015.
Está previsto que nesta reunião anúncios de compromissos que facilitarão finalmente a obtenção de um acordo concreto na conferência de 2015, algo que não aconteceu em Copenhague-2009.
Segundo a ONU, trata-se da maior concentração de líderes já realizada sobre este tema. "É preciso agir urgentemente: quanto mais esperarmos, mais pagaremos em vidas humanas e em dinheiro perdido", considera o secretário-geral, Ban Ki-moon.
O objetivo das negociações é limitar o aquecimento global a dois graus Celsius com relação à era pré-industrial.
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No entanto, muitos cientistas afirmam que, diante dos níveis de
emissões de gases de efeito estufa, as temperaturas terão aumentado ao
fim do século XXI em mais de quatro graus em relação à era
pré-industrial.Caso seja alcançado um acordo em Paris, ele entrará em vigor até 2020.
"Nova York é uma oportunidade única para medir a vontade de uns e outros de agir", explicou a responsável em clima da ONU, Christiana Figueres.
Figueres não espera que muitos países coloquem sobre a mesa compromissos com números, mas ressalta que todos os atores importantes estarão presentes: governos, municípios, empresas, companhias financeiras e ONGs.
A atenção se concentrará nos grandes países emergentes, em primeiro lugar China e Índia, que são, junto com os Estados Unidos, os maiores emissores de gases de efeito estufa.
Pequim e Nova Délhi resistem em reduzir suas emissões porque não querem desacelerar seu crescimento, e insistem para que as nações mais industrializadas paguem a maior parte da conta.
Enquanto o presidente americano, Barack Obama, confirmou sua presença em Nova York, a China enviará apenas um vice-primeiro-ministro, Zhang Gaoli, e a Índia seu ministro da Ecologia.
Os erros de Copenhague
Mary Robinson, enviada especial da ONU para a luta contra as mudanças climáticas, destacou, no entanto, que Zhang Gaoli 'é o terceiro responsável em importância do Estado e a mais alta autoridade em clima e desenvolvimento'.
Robinson convoca a mudar a direção para resolver o problema mais urgente do planeta e espera na cúpula compromissos políticos e iniciativas concretas, assim como uma declaração sobre tarifas para o dióxido de carbono ou parcerias na agricultura e nas obrigações ecológicas.
Para Robert Orr, secretário-geral adjunto da ONU encarregado de preparar o encontro, Nova York não repetirá os erros da cúpula de Copenhague em 2009, na qual os chefes de Estado e de governo só foram convocados no último minuto.
Orr também celebrou a presença maciça de responsáveis de empresas que 'já lançaram a corrida dos investimentos'. Haverá 250 presidentes de companhias em Nova York.
A ONU prevê três sessões plenárias paralelas. Ban Ki-moon fará um resumo ao fim da tarde com os resultados obtidos, que serão integrados nas próximas reuniões, em dezembro em Lima e depois em Paris.
Wall Street
Homem
vestido de urso polar participa do protesto 'Inunde a Wall Street', em
Nova York, nos Estados Unidos. Manifestação ocorre na véspera do
encontro da Cúpula do Clima da ONU, que deve reunir mais de 120 chefes
de estado
Marcha em Nova York
O
ator Leonardo DiCaprio marcha com manifestantes pró-sustentabilidade
com uma placa de '100% para planeta' na Marcha Popular pelo Clima em
Nova York
Ao som de bandas e exibindo flores gigantes, astros de Hollywood, políticos, ativistas e estudantes participaram na cidade americana da Marcha do Povo pelo Clima, que se tornou a maior da História, afirmou a organização.
Um Leonardo Di Caprio de barba espessa, óculos de sol e boina foi o astro do protesto em Manhattan, do qual também participaram o ex-vice-presidente americano Al Gore, Ban Ki-Moon e o prefeito de Nova York, Bill de Blasio.
No total, 2.808 eventos aconteceram em 166 países, entre eles mobilizações simultâneas organizadas em Londres, Paris, Berlim, Rio de Janeiro, Istambul e Bogotá.
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