segunda-feira, 30 de março de 2015

Levy tem de se explicar perante os senadores esta terça-feira


Deu no Correio Braziliense



O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, considerado intransigente e inábil politicamente por boa parte da base aliada — especialmente petistas e peemedebistas — estará, hoje, frente a frente com os senadores na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para provar que o ajuste fiscal que comanda não é apenas um festival de tesouradas em gastos públicos. Petistas desesperados em busca de um argumento para defender o governo esperam que ele prove que o arrocho será precedido de um plano de investimentos e um novo modelo de pacto federativo. “Levy tem uma bala de prata para acertar o alvo”, alertou um integrante da CAE.


O problema não é só a necessidade de um gesto preciso do titular da Fazenda. O medo mais profundo é que o czar da economia brasileira é conhecido pela capacidade técnica e econômica, não pela habilidade de convencimento e negociação política. Pouco afeito às articulações parlamentares, Levy tem sido considerado turrão pelos aliados com os quais debateu nas últimas semanas.


CRÍTICAS A DILMA

Nem a presidente Dilma Rousseff escapa das palavras de Levy. Ela já dera um pito público — e um descompasso em particular — quando o titular da Fazenda criticara a desoneração da folha de pagamentos. Na última terça-feira, em uma aula a portas fechadas em São Paulo, ele disse que a presidente tem um “desejo genuíno de acertar as coisas, às vezes, não da maneira mais fácil. Não da maneira mais efetiva. Mas há um desejo genuíno”. Em nota divulgada no sábado Levy disse que suas palavras foram “descontextualizadas”.

Nenhum comentário: