Brasil vai perder 300 mil postos de trabalho em 2015. Este é o governo dos trabalhadores.
Analistas ouvidos pela revista Exame
afirmam que 300 mil empregos formais deverão ser eliminados neste ano.
Não é à toa que milhões de pessoas gritam - e gritarão no próximo dia 12
- "Fora, Dilma", "Fora, PT":
O potencial de criação de emprego
do país encontra-se hoje bastante comprometido, segundo concluem Fábio
Silveira e Lucas Foratto, da GO Associados, em relatório distribuído a
clientes.
Eles preveem a eliminação de 300 mil postos de trabalho formais na economia brasileira neste ano, contrariando a geração líquida de 357 mil postos em 2014.
"Neste
primeiro semestre, apesar da provável contabilização de algum saldo
positivo de postos no setor de serviços e comércio, o mercado de
trabalho deve continuar a se aprofundar, em resposta não apenas ao
cenário doméstico desfavorável para o biênio 2015-2016, mas também à
letargia demonstrada pelas exportações brasileiras, apesar da forte
desvalorização do real", avaliam os analistas da GO Associados.
Com base
nos dados de eliminação de 2,4 mil empregos formais em fevereiro, de
acordo com o Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) do
Ministério do Trabalho e Emprego (TEM), Silveira e Foratto assumem a
tese de que o mercado de trabalho começou a evidenciar os efeitos da
dinâmica recessiva da economia.
Com o fechamento das vagas anotadas em fevereiro, o estoque de demissões acumuladas nos últimos 12 meses saltou para 47 mil.
De acordo
com a GO Associados, os setores de comércio e serviços são os únicos
que ainda resistem à tendência de retração do mercado de trabalho.
Nos
últimos 12 meses encerrados em fevereiro, esses dois setores produziram
liquidamente 429 mil vagas. Já a indústria eliminou 462 vagas e a
agricultura fechou 14 mil postos de trabalho.
Na média,
a taxa de desemprego subiu a 5,9% ante a marca de 5,1% em fevereiro de
2014. Nesta mesma base de comparação, o contingente de pessoas
desocupadas cresceu 14,2% e alcançou 1,42 milhão de pessoas. A População
Economicamente Ativa (PEA), por sua vez, caiu 0,4% para 24,2 milhões de
pessoas.
O
rendimento real médio, também na comparação de fevereiro deste ano com o
mesmo mês de 2014 caiu 0,5% para R$ 2.163,00. Em relação a janeiro
último, a queda foi de 1,4%.
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