quarta-feira, 15 de abril de 2015

“Nos últimos 20 anos, homicídios no Brasil superam os da guerra no Vietnã”. Violência no Brasil é considerada uma crise endêmica

Turista espanhol morre durante um assalto em Salvador

Dois homens foram atingidos a tiros dentro do carro alugado na região de Itapuã

A vítima fatal, de 37 anos, havia chegado ao Brasil no mesmo dia para passear



Um turista espanhol foi morto, e outro ficou ferido por tiros nesta segunda-feira numa tentativa de roubo de carro em Salvador, na Bahia. A vítima fatal, Hugo Calavia, de 37 anos, viajava como turista por vários países da América Latina. Tinha chegado no mesmo dia ao Brasil, vindo do Equador, segundo o jornal O Globo. O homem ferido, que continua no hospital, é Alberto Aroz, de 36 anos, que trabalha numa empresa de engenharia em Salvador, segundo a Agência Efe.


Os amigos estavam dentro de um carro alugado no estacionamento de um bar na região de Itapuã quando dois homens atiraram contra eles. Um dos tiros atingiu Calavia na cabeça e o matou na hora, segundo fontes da investigação citadas pela Efe. Já Aroz foi ferido no tórax e no pé. Os assaltantes levaram o carro, um Ford EcoSport preto.


O crime faz lembrar de outro, ocorrido em 2012 em São Paulo, quando o carro em que estava um dos filhos de Alberto Ruiz-Gallardón, então ministro da Justiça da Espanha, foi assaltado num dos bairros mais exclusivos da cidade. José Ruiz-Gallardón, de 26 anos, conseguiu escapar do carro depois que os assaltantes atiraram no peito de seu amigo, o italiano Tommaso Lotto, de 27 anos, que morreu poucas horas depois.


Mais de 112.000 pessoas morreram de forma violenta no Brasil em 2012, segundo os dados mais recentes do Mapa da Violência 2014. Desses, 56.300 foram vítimas de homicídios. Desde 2002, no Estado da Bahia triplicaram esses casos.



Segundo outro relatório, o Anuário de Segurança Pública (que usa dados de 2013), a cada 10 minutos uma pessoa é assassinada no Brasil. Em 2013, 53.600 pessoas morreram vitimadas por crimes violentos. A taxa de homicídios (26,6 por 100.000 habitantes) é muito menor que a de Honduras (90,4) e a da Venezuela (53,7), mas o relatório chama a situação no Brasil de “crise endêmica”.

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