O material
A reunião realizada entre a presidente Dilma e Temer ocorreu após um último encontro de Padilha com o vice-presidente da República. O argumento oficial levado à petista foi o de que Padilha não pôde aceitar por estar com um filho recém-nascido, atualmente sob os cuidados da esposa, que mora em Porto Alegre (RS).
Eliseu Padilha já havia demonstrado, porém, ser contrário à mudança de pasta logo após o aceno da presidente Dilma, na tarde de ontem. Num primeiro encontro com integrantes da cúpula do PMDB, no início da noite da segunda-feira, 6, ele hesitou sobre o convite e ressaltou que estava "contente" na atual pasta. Ele também integra o chamado núcleo político estendido, criado por Dilma para acomodar a legenda, o PSD e o PCdoB nas discussões de propostas do governo.
Dentro do PMDB prepondera também o sentimento de que o modelo adotado por Dilma na SRI não é o ideal. Peemedebistas alegam que o ministro da pasta não tem autonomia para tomar decisões e em razão disso é constantemente alvo de ataques dos "aliados". Diante desse cenário, segundo relatos de integrantes do partido, no encontro no gabinete de Temer, o ministro Eliseu Padilha chegou até a comparar a SRI a um "cemitério de políticos". (Estadão).
Temer: puxando o revólver ou o chiclete? |
Michel
Temer, o vice-presidente mascador de chicletes, já não tem trânsito no
PMDB há anos. O PMDB, agora, é Eduardo Cunha, que não tem facilitado a
vida de Dilma. Duvido que Temer consiga fazer nesse governo cambaleante o
que não fez no governo anterior. Vou assistir de cadeirinha:
A
presidente Dilma Rousseff decidiu nesta terça-feira, 7, que a estrutura
da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) será incorporada à da
Vice-Presidência da República. Na prática, a medida faz com que o vice
Michel Temer (PMDB) seja o novo articulador político do governo. A
decisão ocorre depois que o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha,
recusou convite de Dilma para assumir a SRI.
Em reunião realizada na tarde desta terça-feira no Palácio do Planalto, Temer informou Dilma sobre a recusa de Padilha.
O líder
do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), confirmou que Temer acumulará
as funções de vice-presidente da República com as atribuições de
ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI).
De acordo
com Oliveira, Dilma também pediu aos aliados a reedição do pacto pela
responsabilidade fiscal, firmado pelo governo em novembro de 2013, em um
momento em que o Planalto tentava recuperar a credibilidade da economia
brasileira e buscava sinalizar ao mercado financeiro o comprometimento
do governo com a austeridade fiscal.
Durante a
reunião com aliados, a presidente anunciou que toda a estrutura da
Secretaria de Relações Institucionais passa para a Vice-Presidência. O
senador não soube dizer se o cargo de ministro-chefe da SRI seria
extinto.
"O
presidente Temer é nosso presidente nacional, foi três vezes presidente
da Câmara dos Deputados, tem bastante bagagem para fazer esse
entendimento (com a base aliada). Com respeito ao ministro Pepe Vargas
(atual titular da SRI), Dilma deu uma avançada nessa questão ao levar o
vice para acumular a função de coordenador político", comentou Eunício
Oliveira.
"Temer
tem uma posição de homem equilibrado, vai ajudar e muito. A gente tem de
evoluir para dar uma segurada nessa crise", disse o peemedebista.
O convite
a Padilha ocorreu na tarde dessa segunda-feira e desencadeou uma crise
dentro do governo. Antes mesmo da decisão de Padilha chegar à petista, o
atual ministro da SRI, Pepe Vargas (PT), sinalizou que iria deixar a
pasta.
O
ministério, que é responsável por fazer uma ponte entre o Palácio do
Planalto e o Congresso, deve, portanto, chegar ao final do dia sem um
titular. O mal-estar instaurado com os acenos da presidente Dilma ao
PMDB pôde ser notado na reunião de líderes da base aliada realizada na
tarde de hoje no Palácio do Planalto. Pepe não participou. Ele deve
soltar uma nota até o final do dia confirmando a intenção de deixar a
equipe do governo, segundo assessores próximos ao ministro. A decisão
deve ser oficializada após encontro com a presidente Dilma.
A reunião realizada entre a presidente Dilma e Temer ocorreu após um último encontro de Padilha com o vice-presidente da República. O argumento oficial levado à petista foi o de que Padilha não pôde aceitar por estar com um filho recém-nascido, atualmente sob os cuidados da esposa, que mora em Porto Alegre (RS).
Eliseu Padilha já havia demonstrado, porém, ser contrário à mudança de pasta logo após o aceno da presidente Dilma, na tarde de ontem. Num primeiro encontro com integrantes da cúpula do PMDB, no início da noite da segunda-feira, 6, ele hesitou sobre o convite e ressaltou que estava "contente" na atual pasta. Ele também integra o chamado núcleo político estendido, criado por Dilma para acomodar a legenda, o PSD e o PCdoB nas discussões de propostas do governo.
Dentro do PMDB prepondera também o sentimento de que o modelo adotado por Dilma na SRI não é o ideal. Peemedebistas alegam que o ministro da pasta não tem autonomia para tomar decisões e em razão disso é constantemente alvo de ataques dos "aliados". Diante desse cenário, segundo relatos de integrantes do partido, no encontro no gabinete de Temer, o ministro Eliseu Padilha chegou até a comparar a SRI a um "cemitério de políticos". (Estadão).
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