O excelente O Antagonista que é mantido por Diogo Mainardi e Mario Sabino
também tratou da aliviada de barra que muitos estão chamando de
“estratégia tucana”. Respeitosamente vamos reproduzir os três textos na
íntegra:
Aécio e o “agora, não”
Aécio Neves descartou tentar tirar Dilma
Rousseff do Planalto. Segundo a Folha, o tucano continuará desgastando o
PT com críticas ao governo que podem culminar com eventual pedido de
impeachment de Dilma.
“(O impeachment) não é agenda para agora”, afirmou Aécio.
Ele fez eco ao ex-ministro da Justiça
Miguel Reale Junior, que hoje desencorajou o PSDB a buscar o impedimento
da petista, em parecer recomendado pelo partido. A solução, segundo
Reale, seria entrar com ação penal contra Dilma pelas pedaladas fiscais.
A solução, segundo O Antagonista, é extinguir PT e PSDB.
Um bastidor que explica muito sobre o PSDB
O Antagonista revela, aqui, um bastidor do não-pedido de impeachment de Dilma Rousseff, por parte do PSDB.
Na semana passada, o deputado tucano
Carlos Sampaio pediu a auditores do TCU que investigassem se houve
pedalada fiscal de Dilma Rousseff em relação ao exercício de 2015. A
existência de uma pequena pedalada seria suficiente para embasar o
parecer do jurista Miguel Reale Jr.
Os auditores, depois de vasculharem as contas do governo, deram resposta negativa.
O alto tucanato respirou aliviado, mas
era preciso ter uma saída conveniente — e ela foi dada por Miguel Reale
Jr., que incluiu no seu parecer a recomendação para que o partido
entrasse com uma ação penal contra Dilma Rousseff pelas pedaladas feitas
no primeiro mandato.
A saída é conveniente porque a aceitação
da ação penal passa necessariamente por Rodrigo Janot, procurador-geral
da República, que já se manifestou contrário à abertura de um processo
criminal contra a presidente. Ou seja, tira das costas do PSDB a
responsabilidade de fazer oposição de verdade e a joga totalmente sobre
os ombros de Rodrigo Janot.
O PSDB quer que o procurador-geral da República faça o que o partido não faz: política de oposição.
Pode dar errado e acabar dando certo
O PSDB e outros partidos de oposição vão entrar com uma representação
contra Dilma Rousseff na Procuradoria-Geral da República, pedindo
abertura de ação criminal por causa das pedaladas fiscais, como
recomendou o parecer do jurista Miguel Reale Jr.
Não se enganem: o que a maioria dos
tucanos espera é que Rodrigo Janot arquive a representação e, assim,
assuma o seu papel de Rodrigo Geni — tudo na base do “não podem dizer
que não tentamos…”
Se O Antagonista fosse Rodrigo Janot,
faria o contrário: encaminharia a representação ao STF e deixaria de ser
a Geni da história.
E depois? Depois vai que, de repente, o plano original do PSDB dá errado e tudo dá certo…
O último Datafolha aponta que 63%
dos brasileiros querem o impeachment de Dilma Rousseff, ou seja,
existem mais brasileiros pró-impeachment do que eleitores do PSDB que
obteve 49% dos votos válidos.Acessem O Antagonista!
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