Mário Braga
Estadão
O indicador de inadimplência do consumidor da Serasa Experian cresceu 14,9% nos primeiros quatro meses do ano em comparação com o mesmo período de 2014. Em abril, o índice avançou 1,8% ante março, o que representa aceleração, após uma ligeira alta de 0,2% em março e uma retração de 0,9% em fevereiro. Em relação a abril do ano passado, a alta foi de 12,2%.
O aumento do desemprego, a inflação mais alta e a elevação dos juros são apontados como motivos para o aumento do atraso nos pagamentos, segundo os economistas da Serasa Experian.
Na passagem de março para abril, dívidas junto aos bancos, com alta de 8,2%, foram as responsáveis pelo avanço do indicador. Os outros três componentes do indicador registraram queda na margem: as dívidas não bancárias – com cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água, por exemplo – apresentaram retração de 2,6%, os títulos protestados, de 14,8%, e os cheques sem fundos, de 10,7%, sendo, nesta ordem, os fatores que mais contribuíram para o alívio do índice no mês passado.
O valor médio das dívidas não bancárias subiu 29,7% no acumulado dos quatro primeiros meses de 2015 sobre mesmo período do ano anterior, para R$ 413,44. Já o valor médio dos cheques sem fundos aumentou 10,0% no mesmo período, para R$ 1.828,17, em média. O valor médio das dívidas com os bancos registrou ligeira alta, de 0,1%, para R$ 1.247,12. Os títulos protestados foram os únicos que registrar queda nos valores médios, com retração de 3,4%, para R$ 1.372,90, segundo a Serasa Experian.
VIÉS DE ALTA
A inadimplência dos consumidores deve apresentar trajetória de alta nos próximos seis meses, enquanto o atraso do pagamento entre as empresas deve ter ligeiro abrandamento entre o terceiro e o quarto trimestres de 2015. Este é o cenário traçado por dois novos indicadores lançados nesta terça-feira: o Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência do Consumidor e o das Empresas.
Segundo o economista da instituição Luiz Rabi, o objetivo é antever, em um horizonte de dois trimestres, como estará a inadimplência do País. “Vai ser possível ver a tendência, entender de que forma vai estar a inadimplência em perspectiva do cenário da economia”, afirmou.
Após ter caído ao menor nível em quatro anos em outubro de 2014 (93,7 pontos), o indicador de perspectiva da inadimplência dos consumidores começou a subir e atingiu 96,9 pontos em março de 2015. Isso significa que, em seis meses à frente, a taxa de inadimplência dos consumidores deve registrar uma trajetória de alta.
Quanto às empresas, o atraso nos pagamentos está em nível mais elevado.
O indicador de perspectiva chegou aos 104,1 pontos em março, mas sinalizando reversão da tendência de alta. “A inadimplência das empresas ainda vai continuar em nível acima do padrão, mas com algum alívio na virada do terceiro para o quarto trimestre de 2015″, detalhou o economista. Na inadimplência das companhias, os 100 pontos da série representam uma taxa de atraso nos pagamentos da ordem de 3,5%.
Estadão
O indicador de inadimplência do consumidor da Serasa Experian cresceu 14,9% nos primeiros quatro meses do ano em comparação com o mesmo período de 2014. Em abril, o índice avançou 1,8% ante março, o que representa aceleração, após uma ligeira alta de 0,2% em março e uma retração de 0,9% em fevereiro. Em relação a abril do ano passado, a alta foi de 12,2%.
O aumento do desemprego, a inflação mais alta e a elevação dos juros são apontados como motivos para o aumento do atraso nos pagamentos, segundo os economistas da Serasa Experian.
Na passagem de março para abril, dívidas junto aos bancos, com alta de 8,2%, foram as responsáveis pelo avanço do indicador. Os outros três componentes do indicador registraram queda na margem: as dívidas não bancárias – com cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água, por exemplo – apresentaram retração de 2,6%, os títulos protestados, de 14,8%, e os cheques sem fundos, de 10,7%, sendo, nesta ordem, os fatores que mais contribuíram para o alívio do índice no mês passado.
O valor médio das dívidas não bancárias subiu 29,7% no acumulado dos quatro primeiros meses de 2015 sobre mesmo período do ano anterior, para R$ 413,44. Já o valor médio dos cheques sem fundos aumentou 10,0% no mesmo período, para R$ 1.828,17, em média. O valor médio das dívidas com os bancos registrou ligeira alta, de 0,1%, para R$ 1.247,12. Os títulos protestados foram os únicos que registrar queda nos valores médios, com retração de 3,4%, para R$ 1.372,90, segundo a Serasa Experian.
VIÉS DE ALTA
A inadimplência dos consumidores deve apresentar trajetória de alta nos próximos seis meses, enquanto o atraso do pagamento entre as empresas deve ter ligeiro abrandamento entre o terceiro e o quarto trimestres de 2015. Este é o cenário traçado por dois novos indicadores lançados nesta terça-feira: o Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência do Consumidor e o das Empresas.
Segundo o economista da instituição Luiz Rabi, o objetivo é antever, em um horizonte de dois trimestres, como estará a inadimplência do País. “Vai ser possível ver a tendência, entender de que forma vai estar a inadimplência em perspectiva do cenário da economia”, afirmou.
Após ter caído ao menor nível em quatro anos em outubro de 2014 (93,7 pontos), o indicador de perspectiva da inadimplência dos consumidores começou a subir e atingiu 96,9 pontos em março de 2015. Isso significa que, em seis meses à frente, a taxa de inadimplência dos consumidores deve registrar uma trajetória de alta.
Quanto às empresas, o atraso nos pagamentos está em nível mais elevado.
O indicador de perspectiva chegou aos 104,1 pontos em março, mas sinalizando reversão da tendência de alta. “A inadimplência das empresas ainda vai continuar em nível acima do padrão, mas com algum alívio na virada do terceiro para o quarto trimestre de 2015″, detalhou o economista. Na inadimplência das companhias, os 100 pontos da série representam uma taxa de atraso nos pagamentos da ordem de 3,5%.
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