Comércio no Park Way: uma ideia que não agrada a todos os moradores
O Park Way é considerado o bairro mais ambiental do Distrito Federal. Surgiu em 1961, no início da Capital Federal, para servir como um cinturão verde, por conta dos mananciais e das reservas ecológicas na regiãoA Administração do Park Way está decidida a incluir na proposta do novo PDOT (Plano Diretor de Ordenamento Territorial) a criação de áreas de comércio no bairro que hoje é exclusivamente residencial. A polêmica é antiga e, sempre que volta à tona, provoca debates acalorados. A Associação Comunitária do Park Way defende mais discussão sobre o assunto e até mesmo um plebiscito para entender melhor a opinião dos cerca de 22 mil habitantes.
O Park Way é considerado o bairro mais ambiental do Distrito Federal. Surgiu em 1961, no início da Capital Federal, para servir como um cinturão verde, por conta dos mananciais e das reservas ecológicas na região. Na metade da década de 1980, os lotes de 20 mil metros quadrados puderam ser fracionados em oito pedaços, o que impulsionou uma tremenda valorização dos terrenos, provocando o adensamento populacional do bairro.
Sem alvará
Hoje, o único ponto de comércio existente – e, ainda assim, muito precário – fica na região da Vargem Bonita e funciona ilegalmente, ou seja, sem alvará de funcionamento. Em geral, moradores do Park Way tem de percorrer até 12 km para comprar, por exemplo, pão ou remédio.
Governos anteriores ensaiaram criar pontos de comércio estruturados, mas a população reagiu mal, com medo, sobretudo, do desvirtuamento dos projetos e, consequentemente, da vocação ambiental do bairro. A turma contrária sublinha que o Park Way não está preparado para deixar de ser exclusivamente residencial.
O atual administrador, Roosevelt Vilela, está animado com a ideia de que, desta vez, as lojas de conveniência sairão do papel. Segundo ele, o assunto deve entrar na pauta de audiências públicas nos próximos meses.
“A necessidade do comércio é um consenso. Mesmo os mais radicais já se convenceram disso”, acredita Vilela. Para ele, o que ainda causa divergências entre os moradores é a definição dos locais e dos tipos de comércios a serem autorizados. O vice-presidente da Associação Comunitária do Park Way, Chico Sant’Anna, diz que o administrador está sendo ingênuo ao avaliar que há um consenso sobre o assunto.
“Pelo contrário: o bairro segue bastante dividido. Os mais antigos continuam sendo contra, enquanto os mais novos são favoráveis”, analisa ele, defensor de um plebiscito para definir, de uma vez por todas, o posicionamento dos moradores.
A presidente da mesma Associação, Gilma Ferreira, afirma não ser necessária a realização de um plebiscito. No entender dela, basta o governo não tomar decisões sem ouvir a população.
“Se houver planejamento, não precisa de plebiscito. O governo terá de apresentar o projeto e discuti-lo com a comunidade”, sustenta. Segundo Gilma, independentemente do que ficar decidido daqui para frente, não restam dúvidas de que o bairro carece de um comércio de conveniência. “Não faz mais sentido pegar o carro para comprar o mínimo necessário.”
Conveniência
De acordo com o administrador, inicialmente há dois possíveis pontos de instalação de comércio no bairro: a própria Vargem Bonita, onde já existem lojas irregulares, e os arredores da feira da quadra 14. Os espaços seriam destinados a padarias, farmácias, pequenos mercados e academias de ginástica, por exemplo.
Em 2009, uma enquete no site da Administração do Park Way revelou a divisão dos moradores: 52% dos votantes disseram sim ao comércio e 48%, não. Naquele ano, o projeto acabou sendo engavetado ( Informação duvidosa. Durante uma audiência pública realizada em 2009 o comunidade votou quase por unanimidade CONTRA comércio).
Esse cara tá comprado!!!E se a TERRACAP está metida no meio....Não precisa dizer mais nada, né?
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