O primeiro a desmentir essa lorota (que
nem chega ao nível requintado de falácia) foi Leandro Narloch, no ótimo
“Caçador de Mitos”. Vale a leitura.
Agora, para além dos dados já desmentidos, surgem NOVOS números, esses sim oficiais, colhidos pela Folha de São Paulo (reportagem de Érica Fraga e Reynaldo Turollo Jr.). Segue trecho:
“Embora mostre um retrato parcial, o levantamento traz indicações. Revela que, nos nove Estados, a participação de menores em homicídios com autoria conhecida não é insignificante, como autoridades têm dito. Em sete Estados, é igual ou superior a 10%.”
Sobre a mentira que foi espalhada até pelo governo:
“Na quarta-feira (3), a Presidência da República publicou nota informando que, segundo o Ministério da Justiça, os menores são responsáveis por apenas 0,5% dos homicídios no país. O dado já tinha sido divulgado antes. Procurado, o ministério negou a autoria da conta e a atribuiu ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A entidade, porém, afirmou nunca ter feito tal cálculo justamente por falta de dados oficiais. Estimativa de que menores responderiam por 1% das mortes também já foi atribuída ao Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), que nega ser fonte do dado.”
E a reportagem cita alguns casos extremos:
“O Distrito Federal informou uma participação de menores em homicídios de 30%. A fatia é parcialmente explicada pela disseminação de brigas de gangues na capital. Já no Ceará, os menores estiveram envolvidos em 30,9% dos crimes violentos letais intencionais em 2014. Esse número pode ser puxado para cima por incluir latrocínios.”
Enfim…
Não é a primeira vez que a militância esquerdista inventa algum número e tenta dar o “migué” – daí, mesmo depois do desmentido, com fatos e números, insistem na lorota. Porque, para eles, pouco importa a verdade ou a realidade, a missão principal é fazer valer a crença ideológica.
Não é a primeira vez que a militância esquerdista inventa algum número e tenta dar o “migué” – daí, mesmo depois do desmentido, com fatos e números, insistem na lorota. Porque, para eles, pouco importa a verdade ou a realidade, a missão principal é fazer valer a crença ideológica.
Isso também acontece quando denunciam
crimes horrendos que, quando vão investigar, simplesmente não existiram.
Justificam essa maluquice da seguinte forma: como há muitos casos assim
que não são revelados, a mentira serviria para lançar luz sobre o
problema. Bobagem, claro. A mentira serve apenas para desacreditar ainda
mais os casos efetivamente sérios, já que acaba pondo em descrença
todas as denúncias.
Essa historinha de que adolescentes
cometeriam menos de 1% dos crimes violentos é emblemática. Grandes
veículos reproduziram o chute, o próprio governo insistiu no dado falso,
de modo que a mentira se repetia com um citando o outro, outro citando o
um, mas ninguém checando os dados. Daí checaram: eles não existiam. E
foram além: os dados reais são muito piores (óbvio).
E o que faz a militância? Ora, continua
mentindo, continua divulgando a mentira, continua fingindo não saber que
esses números não sejam reais. Porque os fatos que se danem, em
primeiro lugar vem a devoção militante, o fanatismo ideológico.
Por essas e outras que 90% dos brasileiros são a favor
da redução da maioridade penal. Porque essa é a fatia da população que
vive no mundo real, não nas estatísticas inventadas pela esquerda.
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