Segue trecho de reportagem publicada no jornal O Globo, por Mariana Sanches:
“Edinho diz que orientou campanhas pela paz para evitar clima anti-PT – Ministro instruiu empresas públicas, sobretudo Caixa e Banco do Brasil, a fazerem propagandas incentivando a cultura de paz – Investidores dos bancos criticaram a orientação do ministro, no momento em que os negócios dessas instituições, sobretudo o crédito imobiliário, têm desacelerado. Edinho disse que a ideia foi sua e que não consultou a presidente Dilma Rousseff.
O governo federal não poderia lançar uma propaganda institucional sobre o tema porque o teor das mensagens precisa ser de utilidade pública.
— Já os bancos podem fazer como parte de sua formação de marca — explicou o ministro, ressaltando que deu apenas uma sugestão.
Ele admitiu não saber a eficácia dessas mensagens:
— Não sei se dá resultado. Mas estou preocupado e resolvi fazer essa tentativa. Pretendo também pedir ajuda aos órgãos da imprensa — disse o ministro da Secom.” (grifos nossos)
Confirmada a denúncia, trata-se de algo
gravíssimo. A publicidade estatal precisa ter natureza informativa; no
caso de empresas pertencentes ao governo, o objetivo deve ser a
competição no mercado. Segundo a informação, porém, não houve uma coisa e
tampouco outra. O governo estaria usando a publicidade de companhias
estatais (menos reguladas pelas restrições da Constituição Federal) no
sentido de aliviar a barra DO PARTIDO.
Temos a seguinte situação: bancos
estatais vivem um quadro de crise, JUSTAMENTE ORIGINADO POR CONTA DAS
AÇÕES DESSE MESMO GOVERNO, E TAMBÉM JUSTAMENTE PELO USO DE ESTATAIS PARA
FINALIDADES PARTIDÁRIAS E PESSOAIS. Qual a solução? Fazer propaganda de
órgão público em em defesa do.. partido!
Isso é inadmissível e escandaloso sob qualquer ponto de vista.
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