MARCA DO PENALTI
De
acordo com informações da revista Época, o Ministério Público Federal
deverá apresentar, nos próximos dias, denúncia criminal contra o pai de Neymar e as empresas envolvidas na negociação do atacante com o Barcelona, em 2013.
Em abril deste
ano, os bens do jogador foram arrolados e o procurador do caso, Thiago
Nobre Lacerda, suspeita de sonegação fiscal e até falsidade ideológica
entre outros possíveis crimes cometidos na negociação.
Ainda de acordo
com a Época, a investigação foi iniciada em fevereiro do ano passado,
quando a N & N, empresa do pai de Neymar, recebeu a última parcela
de um total de R$ 76,4 milhões provenientes da transação com o
Barcelona. Após pedidos de documentos oficiais, a empresa entrou, em
junho de 2014, com recurso contra a Delegacia da Receita Federal em
Santos, porém não conseguiu que a investigação fosse paralisada.
Inclusive, em
maio, Neymar da Silva Santos, o pai do atleta, teria sido interrogado
por Lacerda. Entre as denúncias, estão suspeitas de adulteração de
documentos oficiais, ou seja, falsidade ideológica, e de crimes fiscais e
tributários. O MP suspeita também de um acordo de R$ 6,6 milhões
firmado entre a N & N e o Barcelona para monitorar revelações das
categorias de base. Os serviços não teriam sido prestados, demonstrando
que seria uma maneira encontrada por ambas as partes para ‘mascarar’ os
pagamentos da contratação de Neymar e sonegar impostos.
O arrolamento
de bens significa que o Fisco está monitorando os bens da família de
Neymar (como casas, carros e iate) para pagar uma dívida com a Receita.
Em outubro de 2014 já havia a informação de que a Receita Federal
realizava uma ‘devassa’ na venda de Neymar ao clube catalão, gerando o
‘contra-ataque’ de seu pai, que questionava os procedimentos das
autoridades.
Em 2013, o
atleta foi vendido ao Barcelona por um valor oficial de 57 milhões de
euros (R$ 188,5 milhões). Entretanto, o valor levantou suspeitas pelo
fato de o Real Madrid ter oferecido quase o triplo do valor. Após a
transferência ser investigada, ficou comprovado que o Barcelona mascarou
um valor extraoficial de € 86,2 milhões (R$ 284,5 milhões), total da
negociação. Isso fez com que Sandro Rossell, ex-presidente do clube
espanhol, e Josep Maria Bartomeu, atual mandatário do Barcelona, fossem
ao banco dos réus na Espanha.
Após o escândalo ter vindo à tona, Rossell renunciou ao cargo em fevereiro do ano passado. Um valor de R$ 8,2 milhões para o Instituto Neymar Jr. também é investigado.
Após o escândalo ter vindo à tona, Rossell renunciou ao cargo em fevereiro do ano passado. Um valor de R$ 8,2 milhões para o Instituto Neymar Jr. também é investigado.
Como noticiado pelo UCHO.INFO,
no final de maio, o presidente do Santos FC, Modesto Roma Júnior,
anunciou que o clube entrou com representação na Corte Arbitral da FIFA
contra Neymar, o pai do atacante, a empresa Neymar Sports e Marketing e o
Barcelona.
(Por Danielle Cabral Távora)
08 de junho de 2015
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