quarta-feira, 17 de junho de 2015

Relator do TCU deve pedir rejeição das contas de Dilma. Que assim seja.


Pedalando para o impeachment? 
Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União, disse que não votará pela aprovação com ressalvas das contas de Dilma. Se, de fato, decidir pela rejeição das "pedaladas", Dilma estará mais perto do processo de impeachment:

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, confirmou que não votará pela aprovação com ressalvas das contas do governo Dilma Rousseff em 2014. Essas contas serão analisadas nesta quarta-feira, 17, em julgamento no TCU e Nardes é o relator do processo. Pouco antes de se encontrar com os demais ministros do tribunal para uma reunião preparatória ao julgamento, na noite desta terça-feira, Nardes afirmou a jornalistas: "Não votarei pela aprovação com ressalvas".
Anualmente, o TCU analisa as contas federais do ano anterior. Todos os anos o TCU aprova as contas, mas faz ressalvas pontuais. A frase de Nardes é uma referência a esse procedimento. Neste ano, o TCU pode pedir explicações à própria presidente Dilma Rousseff sobre as irregularidades encontradas no balanço do Executivo do ano passado. 
O relatório técnico dos auditores do tribunal, revelado pelo Estado, aponta "distorções" de R$ 281 bilhões no Balanço Geral da União (BGU) de 2014 entregue pelo governo Dilma Rousseff ao TCU em abril. Entre essas distorções estão R$ 37,1 bilhões em "pedaladas fiscais" que deixaram de ser registradas pelo governo no balanço. Os auditores do TCU chamam as pedaladas de "passivos ocultos" nas contas federais.
Nesta terça-feira, 16, o Ministério Público de Contas, que atua junto ao TCU, emitiu parecer que sugere aos ministros do tribunal rejeitar as contas do governo Dilma Rousseff. Ao longo de todo o dia, autoridades do governo federal circularam nos gabinetes do TCU, em especial no de Nardes. Entre as autoridades estavam os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante; do Planejamento, Nelson Barbosa; e da Advocacia Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams. (Estadão).
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