Do UOL, em Maceió
Nas imagens, é possível ver o chão da sala de aula molhado por conta da água. No vídeo, o estudante Lucas Ricardo de Lima, 17, apresenta a situação da escola e reclama da situação.
Segundo ele, a reclamação sobre a goteira dos alunos vem desde o começo do ano. "Na quarta-feira teve uma grande chuva e encheu o forro de água. Até pela lâmpada estava saindo água", contou.
Lucas diz que os estudantes foram transferidos para a sala de aula no início do ano –até então, o local estava sem utilização. "A gente estava em outra sala, e desde o começo do ano viemos e estamos sofrendo com as pingueiras. Na quarta-feira cansamos e fizemos esse vídeo para ver se resolvem", diz.
Além da goteira na sala, o aluno reclama da situação precária da escola. "Não tem ventilador, tem muita banca velha, quebrada, e temos que nos ajeitar pra sentar. As janelas estão todas quebradas. Não tem bebedouro, a gente bebe água da torneira. A gente reclamou até à polícia, dizendo que a escola está abandonada e ficam fumando maconha na quadra ao lado e ficamos sentindo o cheiro na aula", disse.
Sem dinheiro e culpa dos gatos
A diretora da escola, Maria José da Silva, relatou ao UOL que o problema ocorre porque já existe uma nova escola pronta, para onde os alunos deveriam ter sido transferidos em breve, mas o acesso ainda não ficou pronto."A escola está sem verba desde o ano passado porque não pode usar nesse prédio, só pode no prédio novo. Esse acesso à nova escola será feito, já vieram as máquinas aqui, mas é preciso passar o período de chuva. A previsão é que nos mudemos no final de agosto", contou.
Segundo ela, o telhado da sala onde os alunos assistem aulas foi reformado no começo do mês. Ela culpou os gatos dos vizinhos, que quebrariam as telhas. "O retelhamento foi feito na semana do dia seis [de julho], em parceria com a prefeitura. Só que essa sala fica vizinha ao quintal das outras casas da rua, e os gatos sobem sempre e quebram. Já falei com os vizinhos, mas eles dizem que ninguém controla gato", diz.
Sobre a estrutura precária, Silva diz que a responsabilidade de manutenção é dos estudantes. "Algumas coisas como ventiladores e bancas quebradas foram os próprios alunos. No começo do ano reformamos tudo, fizemos conscientização, mas muitos não respeitam", lamentou.
29/10/2012 09h53
- Atualizado em
30/10/2012 11h02
Após publicar fotos, professora de Imperatriz vai à Justiça exigir direitos
Professora publicou fotos denunciando condições de sala de aula.
Fotos mostram teto com goteiras e alunos usando guarda-chuvas.
As fotos mostram o teto da escola Guilherme Dourado cheio de goteiras e alunos usando guarda-chuvas em dia de prova. A denúncia foi feita pela professora de história Uiliene Araújo Santa Rosa, que foi demitida após a postagem.
As fotos publicadas nas redes sociais foram acessadas, até agora, por mais de 20 mil pessoas em todo o país. A maioria critica a demissão da professora.
A direção da escola afirma que a demissão ocorreu porque a professora divulgou as fotos sem antes comunicar o problema da sala de aula e que Uiliane já vinha se desentendendo com boa parte dos funcionários. "Eu já fiquei sabendo pela internet. Ela não teve ética, ela deveria ter tirado os alunos da sala e pedir, mostrar o que estava acontecendo”, disse a diretora Ivone Carvalho.
Após
chuva, sala de aula do Colégio Municipalizado Guilherme Dourado ficou
alagada e alunos tiveram que se proteger com guarda-chuvas (Foto:
Uiliene Araújo/Arquivo pessoal)
A direção da escola, que funciona em dois turnos e tem mais de 600 alunos no ensino fundamental, disse que o prédio passa por uma reforma e que o caso denunciado nas redes sociais é esporádico.
Uiliene Araújo acredita que a demissão foi uma retaliação por causa das fotos publicadas. A professora já acionou a Justiça denunciando a situação da escola para ter seus direitos reconhecidos.
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