quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Dilma engana empresários de um lado e militantes do outro. Pelegada se une mais contra Cunha que a favor dela



A coluna Painel, da Folha, exemplifica hoje o que escrevi em 9 de julho.

As informações são as seguintes:

“Apesar de já não alimentar expectativa de recompor boas relações com a Câmara, o governo acredita que uma pauta focada na melhoria do ambiente de investimento empresarial no país é a única que pode permitir ao Planalto sobreviver até o fim do ano legislativo sem derrotas mais significativas. A articulação política de Dilma Rousseff conta com a ascendência do setor privado sobre o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para estabelecer pontos mínimos de convergência.

Enquanto o governo assopra, o PT morde: Cunha será alvo dos atos de quinta, organizado por movimentos sociais e sindicatos, com o apoio do partido” (lê-se: pão com mortadela).

“Em contraponto às manifestações de domingo, que pediram a saída de Dilma, os militantes levarão cartazes de ‘fora Cunha’.”

O tom dos atos, no entanto, tem rendido discussões entre os organizadores.

“Enquanto parte dos movimentos defende que se saia às ruas em defesa de Dilma, o MTST quer se descolar do apoio ao governo, batendo no ajuste fiscal de Joaquim Levy (Fazenda) e na Agenda Brasil de Renan Calheiros.”

Guilherme Boulos, líder do movimento, continua afetando insatisfação com a política econômica, supostamente alinhada à direita.


Como tuitei em dezembro de 2014:
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Quando Boulos anunciou o protesto e a pauta 40 dias atrás, antecipei aqui:

“Por enquanto, Dilma fica com Levy em vez de Boulos. Ela só fará a guinada à extrema esquerda se sentir que não tem outra saída. Até lá, continuará tentando enganar os empresários de um lado e os militantes de outro, como manda a tradição do esquema petista de poder.”

Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil


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