O Institute
of International Finance, que reúne 500 instituições financeiras, afirma
que o país está perto de um "evento extremo", graças à paralisia do
governo Dilma:
Se você
acha que a vida anda difícil, um aviso: ela pode piorar nos próximos
meses. Ok: você já leu isto antes, mas quem endossou a ideia, desta vez,
foi o Institute of International Finance (IIF), uma organização que
reúne 500 instituições financeiras do mundo, entre bancos, seguradoras,
gestores de fundos – enfim, gente que entende do assunto. Em relatório
divulgado nesta quarta-feira (2), o IIF é direto: o Brasil pode enfrentar um grande estresse econômico em breve.
O
documento, assinado por Ramón Aracena, economista-chefe do IIF para a
América Latina, afirma que a piora do cenário seria causada por uma
conjunção de arrepiar: esmorecimento do ajuste fiscal, devido à paralisia do governo causada pela crise política; a perda do grau de investimento;
e a intensificação dos problemas em outros países emergentes – basta
ver o que os estragos que a Bovespa vem sofrendo, nas últimas semanas,
com a preocupação mundial com aChina.
O IIF também afirma que as chances de Joaquim Levy
deixar o Ministério da Fazenda cresceram, após o governo divulgar um
plano orçamentário para 2016 com uma previsão de rombo de R$ 30 bilhões.
O número vai na contramão de todo o esforço de Levy, neste ano, para
arrumar as contas públicas.
O mercado
não assistirá tranquilamente o retorno antecipado de Levy para casa.
Segundo o IIF, se isso ocorrer, a confiança dos investidores no ajuste
fiscal sofrerá outro golpe. Isso elevará o prêmio de risco cobrado por
eles, e o dólar
deve subir ainda mais, mudando seu patamar para uma faixa entre R$ 4 e
R$ 4,5 nos meses subsequentes, ante os já elevados R$ 3,7 dos últimos
dias.
Mesmo que
evitemos o abismo descrito pelo IIF, o cenário básico também não é
animador. Para o instituto, a paralisia política da presidente Dilma
Rousseff, a frouxidão do ajuste fiscal e as tensões internacionais
indicam um desempenho econômico desapontador. O instituto estima uma
retração do PIB
de 3%, neste ano, e de 0,8% em 2016. O crescimento virá em 2017, mas,
sem uma política econômica de qualidade, o IIF observa que a recuperação
será fraca, frágil e mais lenta que o recomendado. (O Financista).
Nenhum comentário:
Postar um comentário