sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Instituições financeiras mundiais veem o Brasil à beira do abismo. Renuncie, Dilma!


O Institute of International Finance, que reúne 500 instituições financeiras, afirma que o país está perto de um "evento extremo", graças à paralisia do governo Dilma:


Se você acha que a vida anda difícil, um aviso: ela pode piorar nos próximos meses. Ok: você já leu isto antes, mas quem endossou a ideia, desta vez, foi o Institute of International Finance (IIF), uma organização que reúne 500 instituições financeiras do mundo, entre bancos, seguradoras, gestores de fundos – enfim, gente que entende do assunto. Em relatório divulgado nesta quarta-feira (2), o IIF é direto: o Brasil pode enfrentar um grande estresse econômico em breve.

 
 
O documento, assinado por Ramón Aracena, economista-chefe do IIF para a América Latina, afirma que a piora do cenário seria causada por uma conjunção de arrepiar: esmorecimento do ajuste fiscal, devido à paralisia do governo causada pela crise política; a perda do grau de investimento; e a intensificação dos problemas em outros países emergentes – basta ver o que os estragos que a Bovespa vem sofrendo, nas últimas semanas, com a preocupação mundial com aChina.

 
O IIF também afirma que as chances de Joaquim Levy deixar o Ministério da Fazenda cresceram, após o governo divulgar um plano orçamentário para 2016 com uma previsão de rombo de R$ 30 bilhões. O número vai na contramão de todo o esforço de Levy, neste ano, para arrumar as contas públicas.

 
 
O mercado não assistirá tranquilamente o retorno antecipado de Levy para casa. Segundo o IIF, se isso ocorrer, a confiança dos investidores no ajuste fiscal sofrerá outro golpe. Isso elevará o prêmio de risco cobrado por eles, e o dólar deve subir ainda mais, mudando seu patamar para uma faixa entre R$ 4 e R$ 4,5 nos meses subsequentes, ante os já elevados R$ 3,7 dos últimos dias.

 
 
Mesmo que evitemos o abismo descrito pelo IIF, o cenário básico também não é animador. Para o instituto, a paralisia política da presidente Dilma Rousseff, a frouxidão do ajuste fiscal e as tensões internacionais indicam um desempenho econômico desapontador. O instituto estima uma retração do PIB de 3%, neste ano, e de 0,8% em 2016. O crescimento virá em 2017, mas, sem uma política econômica de qualidade, o IIF observa que a recuperação será fraca, frágil e mais lenta que o recomendado. (O Financista).

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