Partidos
da oposição e até integrantes da base aliada decidiram lançar na
próxima semana um movimento na Câmara dos Deputados pelo impeachment da
presidente Dilma Rousseff. O grupo contará com deputados do PSDB, DEM,
PPS, Solidariedade, PSC e até PMDB, que faz parte da base de sustentação
do governo.
O plano
inicial era montar uma frente parlamentar. No entanto, como a formação
de frentes exige assinaturas, os parlamentares preferiram criar um
movimento, para preservar quem não quer se expor e para evitar cooptação
de membros por parte do governo.
A ideia amadureceu em encontro
realizado na semana passada na casa do deputado Jarbas Vasconcelos
(PMDB-PE) e o martelo foi batido nesta quinta-feira, 3. Um integrante do
PSDB disse que o movimento terá site e produzirá material gráfico. A
intenção é criar um canal de diálogo mais amplo com os movimentos de rua
que defendem a saída da presidente Dilma.
Os
integrantes do movimento ainda não decidiram qual será o embasamento
jurídico que utilizarão, mas há conversas com o jurista Hélio Bicudo, um
dos fundadores do PT, que apresentou pedido de impeachment à Câmara
nesta semana.
Na peça apresentada, Bicudo cita as "pedaladas fiscais", a
Operação Lava Jato e a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados
Unidos, pela Petrobras para afirmar que Dilma cometeu crime de
responsabilidade.
O jurista também lembra que o vice-presidente do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, solicitou à
Procuradoria-Geral da República apuração sobre eventuais crimes
eleitorais. Do site de Veja
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