Os nomes do chefe petista e de José Filippi Jr. aparecem na lista de
políticos submetida ao STF, junto com ex-ministros dos governos Lula e
Dilma. O rol de suspeitos abrange a nata do lulopetismo, inclusive
alguns já atrás das grades:
A Polícia Federal quer ouvir, na Operação Lava Jato, o presidente do
PT, Rui Falcão, e José Filippi Júnior, tesoureiro das campanhas do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, e da presidente Dilma
Rousseff, em 2010. Os nomes do líder petista e do tesoureiro constam do
rol de políticos, inclusive ex-ministros dos dois governos Lula e Dilma,
submetido pela PF ao Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira, 9.
O pedido é do delegado Josélio Sousa, que integra a força-tarefa da
Lava Jato perante o Supremo. ao STF. A PF pede 80 dias para tocar as
apurações alegando ‘dimensão dos fatos e a quantidade de investigados
nos autos’.
Nesta etapa da investigação, a PF mira em quadros importantes do PT,
PMDB e PP. Os três partidos estão sob suspeita de lotearem diretorias da
Petrobrás, entre 2004 e 2014, para arrecadar propina em grandes
contratos, mediante fraudes em licitações e conluio de agentes públicos
com empreiteiras organizadas em cartel. O esquema instalado na estatal
foi desbaratado pela força-tarefa da Lava Jato.
A PF não imputa a eles nenhuma prática de ilícitos, mas avalia ser
importante ouvir suas versões sobre o esquema na Petrobrás. A
PF suspeita que Lula pode ter sido ‘beneficiado pelo esquema em curso na
Petrobrás, obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo
para seu governo’.
Rui Falcão é presidente do PT desde 2011. Desde que o escândalo da
Lava Jato estourou e atingiu seu partido, ele tem reiterado que todas as
arrecadações de recursos para as campanhas eleitorais foram lícitas.
Do PT, a PF quer ouvir além de Lula, Rui Falcão e José de Filippi, os
ex-presidentes da Petrobrás José Eduardo Dutra e José Sérgio Gabrielli,
o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil/Governo Lula), a
ex-ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli
Salvatti e o ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência
Gilberto Carvalho.
As investigações incriminam o ex-tesoureiro do partido João Vaccari
Neto, preso desde 15 de abril por suspeita de corrupção e lavagem de
dinheiro. O petista nega taxativamente ter arrecadado propinas para a
sua legenda.
Do PP, a PF pede ao Supremo para ouvir o ex-ministro de Cidades Mário
Negromonte e Daniela Negromonte. Do PMDB, o delegado mira no lobista
Jorge Luz, no ex-diretor de Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró,
já condenado em duas ações da Lava Jato, na 1ª Instância, e em Maria
Cléia Santos de Oliveira, assessora do senador Valdir Raupp (PMDB-RO). (Estadão).
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