Repercutiu
em sites de todo o planeta, recentemente, o testemunho de pesquisadora
do Departamento de Astronomia da Universidade do Texas e professora
de Astrofísica na Universidade Southwestern. A incrível história da sua
conversão a Cristo começa com os seus estudos científicos e culmina com a
morte da filha. Vale a pena investir cinco minutos em ler o depoimento
dela.
“Eu nasci nos Estados Unidos e fui criada no Canadá. Meus pais eram ateus, embora preferissem se definir como ‘agnósticos’. Eles eram carinhosos e mantinham uma ótima conduta moral, mas a religião não teve papel nenhum na minha infância”.
“O Canadá já era um país
pós-cristão. Olhando em retrospectiva, é incrível que, nos primeiros 25
anos da minha vida, eu só conheci três pessoas que se identificaram como
cristãs. A minha visão do cristianismo era intensamente
negativa. Hoje, olhando para trás, eu percebo que foi uma absorção
inconsciente dessa hostilidade geral que existe no Canadá e na Europa em
relação ao cristianismo. Eu não sabia nada do cristianismo, mas achava que ele tornava as pessoas fracas e tolas, filosoficamente banais”.
Aos 25 anos, quando abraçava a filosofia
racionalista de Ayn Rand, Sarah entrou em uma universidade dos EUA:
“Entrei no curso de Física da Eastern Oregon University e percebi
logo a secura e a esterilidade do objetivismo racionalista, incapaz de
responder às grandes questões: qual é o propósito da vida? De onde foi
que viemos? Por que estamos aqui? O que acontece quando morremos? Eu notei também que esse racionalismo sofria de uma incoerência interna: toda a sua atenção se volta para a verdade objetiva, mas sem apresentar uma fonte para a verdade.
E, embora se dissessem focados em desfrutar a vida, os objetivistas
racionalistas não pareciam sentir alegria alguma. Pelo contrário:
estavam ferozmente preocupados em se manter independentes de qualquer
pressão externa”.
A atenção da jovem se voltou completamente ao estudo da física e da matemática.
“Entrei nos clubes universitários,
comecei a fazer amigos, e, pela primeira vez na minha vida, conheci
cristãos. Eles não eram como os racionalistas: eram alegres, felizes e
inteligentes, muito inteligentes. Fiquei de boca aberta ao descobrir que
os meus professores de física, a quem eu admirava muito, eram cristãos.
O exemplo pessoal deles começou a me influenciar e eu me via cada vez
menos hostil ao cristianismo. No verão, depois do meu segundo ano,
participei de um estágio de pesquisa na Universidade da Califórnia, num
grupo do Centro de Astrofísica e Ciências Espaciais que estudava as
evidências do Big Bang.
Era incrível procurar a resposta para a pergunta
sobre o nascimento do Universo. Aquilo me fez pensar na observação de
Einstein de que a coisa mais incompreensível a respeito do mundo é que o mundo é compreensível.
Foi aí que eu comecei a perceber uma ordem subjacente ao universo. Sem
saber, ia despertando em mim o que Salmo 19 diz com tanta clareza: ‘Os
céus proclamam a glória de Deus; o firmamento anuncia a obra das suas
mãos’”.
Depois desse insight, a razão de Sarah foi gradualmente se abrindo ao Mistério:
“Comecei a perceber que o conceito de
Deus e da religião não eram tão filosoficamente banais como eu pensava
que fossem. Durante o meu último ano, conheci um estudante finlandês de
ciências da computação. Um homem de força, honra e profunda integridade,
que, assim como eu, tinha crescido como ateu num país laico, mas que
acabou abraçando Jesus Cristo como o seu Salvador pessoal, aos 20 anos
de idade, graças a uma experiência particular muito intensa. Nós nos
apaixonamos e nos casamos. De alguma forma, mesmo não sendo religiosa,
eu achava reconfortante me casar com um cristão. Terminei a minha
formação em física e matemática naquele mesmo ano e, pouco tempo depois,
comecei a dar aulas de astrofísica na Universidade do Texas em Austin”.
A penúltima etapa da jornada de Sarah foi a descoberta, também casual, de um livro de Gerald Schroeder:
“The Science of God” [“A Ciência
de Deus”]. “Fiquei intrigada com o título e alguma coisa me levou a
lê-lo, talvez o anseio por uma conexão mais profunda com Deus. Tudo o
que sei é que aquilo que eu li mudou a minha vida para sempre. O Dr.
Schroeder é físico do MIT e teólogo. Eu notei então que, incrivelmente,
por trás da linguagem metafórica, a Bíblia e a ciência estão em completo
acordo.
Também li os Evangelhos e achei a pessoa de Jesus Cristo
extremamente convincente; me senti como quando Einstein disse que ficou
‘fascinado com a figura luminosa do Nazareno’. Mesmo com tudo isso,
apesar de reconhecer a verdade e de estar intelectualmente segura quanto
a ela, eu ainda não estava convencida de coração”.
O encontro decisivo com o cristianismo
aconteceu há apenas dois anos, depois de um acontecimento dramático: “Eu
fui diagnosticada com câncer. Não muito tempo depois, meu marido teve
meningite e encefalite; ele se curou, felizmente, mas levou certo tempo.
A nossa filhinha Ellinor tinha cerca de seis meses quando descobrimos
que ela sofria de trissomia 18, uma anomalia cromossômica fatal. Ellinor
morreu pouco depois. Foi a perda mais devastadora da nossa vida. Eu caí
nas mãos do desespero até que tive, lucidamente, uma visão da nossa
filha nos braços amorosos do Pai celestial: foi só então que eu
encontrei a paz.
Depois de todas essas provações, o meu marido e eu não
só ficamos ainda mais unidos, como também mais próximos de Deus. A minha
fé já era real. Eu não sei como teria passado por essas provações se
tivesse continuado ateia. Quando você tem 20 anos, boa saúde e a
família por perto, você se sente imortal. Mas chega um momento em que a
sensação de imortalidade evapora e você se vê forçada a enfrentar a
inevitabilidade da própria morte e da morte das pessoas mais queridas”.
“Eu amo a minha carreira de astrofísica.
Não consigo pensar em nada melhor do que estudar o funcionamento do
universo e me dou conta, agora, de que a atração que eu sempre senti
pelo espaço não era nada mais do que um intenso desejo de me conectar
com Deus. Eu nunca vou me esquecer de um estudante que, pouco tempo
depois da minha conversão, me perguntou se era possível ser cientista e
acreditar em Deus. Eu disse que sim, claro que sim.
Vi que ele ficou
visivelmente aliviado. Ele me contou que outro professor tinha
respondido que não. Eu me perguntei quantos outros jovens estavam diante
de questões semelhantes e decidi, naquela hora, que iria ajudar os que
estivessem lutando com esses questionamentos. Eu sei que vai ser uma
jornada difícil, mas o significado do sacrifício de Jesus não deixa
dúvidas quanto ao que eu tenho que fazer”.
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