18/11/2015
Homem foi preso depois de efetuar disparos de arma de fogo no meio da confusão. Renan pedirá que PF e PM investiguem presença de armamento nas barracas
Integrantes
da Marcha das Mulheres Negras e manifestantes que estão acampados em
frente ao Congresso em defesa do impeachment da presidente Dilma
Rousseff entraram em confronto nesta quarta-feira em Brasília. Houve
disparos de armas de fogo, e ao menos um homem foi preso pela Polícia
Militar. Ele é suspeito de atirar pelo menos três vezes para o alto.
Policiais o identificaram como um policial civil maranhense. Ele portava
uma pistola preta escondida dentro de uma mochila verde e estava de
boné e óculos escuros.
O presidente do Congresso, Renan
Calheiros, afirmou que pedirá à Polícia Federal e à Polícia Militar que
investiguem a existência de armas de fogo e bombas nas barracas dos
acampados. Desde a semana passada, esta é a terceira ocorrência
registrada no acampamento, onde ficam montadas as barracas de
caminhoneiros, de grupos favoráveis à intervenção militar e também da
Aliança Nacional dos Movimentos (integrada por grupos como Movimento
Brasil Livre, Nas Ruas e Revoltados On-line).
O tumulto interrompeu a votação dos
vetos presidenciais na sessão do Congresso Nacional. O deputado Ivan
Valente (PSOL-SP) coletou duas cápsulas deflagradas no gramado em frente
ao Legislativo e levou ao plenário. O líder do governo, José Guimarães
(PT-CE), cobrou um reforço na segurança. “O protesto é legítimo, mas do
jeito que está não dá. Tem que fazer uma varredura.”
Também foram arremessadas bombas de
fabricação caseira. A Polícia Legislativa teve de reforçar a segurança e
interveio no tumulto entre manifestantes, integrantes da CUT (Central
Única dos Trabalhadores) e da marcha. As mulheres e os grupos anti-Dilma
trocaram agressões e provocações. Elas conseguiram arrancar faixas
contra o governo e derrubaram o boneco inflável em homenagem ao general
Antonio Hamilton Mourão, afastado do Comando Militar do Sul depois de
criticar a presidente e conclamar a tropa ao “despertar da luta
patriótica”.
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