quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Só pode ser doença...."Idoso entra na Justiça para poder se casar com seu 'filho adotivo'"

ReproduçãoReprodução

Nino Esposito tem 78 anos e quer se casar com Roland Bosee, de 68. Antes disso, porém, terá que resolver um problema gigante: desfazer na Justiça a adoção de Bosee, que desde 2012 é seu “filho adotivo”.

A história começou como uma forma de burlar a lei. Era comum, nos Estados Unidos, que casais gays usassem a fórmula para que pudessem viver juntos e compartilhar direitos: um adotava o outro e ambos passavam a ter uma vida de casados.

Foi o que aconteceu com Nino e Roland em 2012. Os dois se conheceram ainda na década de 1970 e, desde então, estão juntos. Para driblar a lei, o primeiro adotou o segundo, pois, segundo eles mesmos, nunca chegaram a acreditar que o casamento gay fosse liberado.

“Nós simplesmente nunca pensamos, em nossas vidas inteiras, ou até em 20 vidas que poderíamos viver, que o casamento entre pessoas do mesmo sexo seria uma realidade, algo legal, aceito. Por isso esse procedimento de adoção”, explica Roland.

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Acontece que, em 26 de julho deste ano, a Suprema Corte dos Estados Unidos legalizou o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo. Assim sendo, Roland e Nino buscam agora uma forma de irem para a legalidade. Para isso, tentam desfazer a adoção.

No comando do caso está o juiz Lawrence J. O’Toole, que já afirmou em entrevistas recentes que está sensibilizado. Aconteceu que ele também afirmou que não tem nada que possa fazer no caso, uma vez que se trata de uma história de “pai e filho”. Por isso, os dois terão uma árdua luta pela frente.

A esperança para o casal pode estar nas decisões tomadas em todo o território norte-americano — eles vivem na Pensilvânia. Segundo Nancy Polikoff, professora de Direito, muitos Estados estão concordando em desfazer as adoções ao perceberem quão delicada é a situação.

Se conseguirem chegar ao ponto que desejam, os dois pretendem comemorar, é claro. Mas, enquanto o caso segue em andamento, vivem sua vida como sempre viveram — vítimas do preconceito que tentam se livrar dele a todo o custo. E, apesar da idade avançada, eles mantém algo que os impulsiona desde os anos 70: a esperança de igualdade.


Comentário

E tem gente que chama essa esquisitice de "amor".

Anônimo

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