- 06/12/2015 22h55
- Paris
Da Agência Lusa
Uma coligação de dez países africanos e doadores
anunciaram hoje (6) uma iniciativa ambiciosa que prevê restaurar 100
milhões de hectares (um hectare equivale à área de um campo de futebol)
de floresta degradada ou de área desflorestada até 2030. Intitulada
Iniciativa de Restauração Africana (AFR100), o projeto pretende
recuperar as grandes florestas do continente, permitindo a absorção de
dióxido de carbono, um dos fatores da alteração climática em curso, e
dando qualidade de vida e trabalho nos meios rurais.
O
acordo foi alcançado à margem da 21ª Conferência das Partes das Nações
Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21), em Paris, e envolve dez
Estados africanos e nove parceiros de financiamento, havendo a
possibilidade de garantir apoio técnico por meio de dez outras
parcerias. Entre os doadores estão a União Africana, a Alemanha e o
Instituto de Recursos Mundiais (WRI), uma organização não governamental e
sem fins lucrativos norte-americana.
Os países que aderiram são: Etiópia, Libéria, Madagáscar, Malawi, Níger, Quênia, República Democrática do Congo, Ruanda, Togo e Uganda.
"A escala deste novo comprometimento na restauração não tem precedentes", disse Wanjira Mathai, presidente do Movimento da Cintura Verde, instituição que combate a desertificação e a degradação das florestas na África, e filha do fundador, o ganhador do Nobel da Paz Wangari Mathai.
"Já vi restaurações de florestas em pequenas e em grandes comunidades em toda a África, mas a promessa de um movimento que incluirá todo o continente é verdadeiramente inspirador. Restaurar a paisagem vai melhorar e enriquecer as comunidades rurais e trará benefícios para os que vivem nas cidades. Todos ganham".
Os dez países africanos envolvidos já se comprometeram, por sua vez, a restaurar mais de 30 milhões de hectares e os parceiros, que incluem o Banco Mundial, estão tentando garantir US$ 1 bilhão para assegurar o financiamento. Em causa estão ainda mais US$ 540 milhões destinados ao investimento do impacto do envolvimento do setor privado na Iniciativa AFR100.
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Os países que aderiram são: Etiópia, Libéria, Madagáscar, Malawi, Níger, Quênia, República Democrática do Congo, Ruanda, Togo e Uganda.
"A escala deste novo comprometimento na restauração não tem precedentes", disse Wanjira Mathai, presidente do Movimento da Cintura Verde, instituição que combate a desertificação e a degradação das florestas na África, e filha do fundador, o ganhador do Nobel da Paz Wangari Mathai.
"Já vi restaurações de florestas em pequenas e em grandes comunidades em toda a África, mas a promessa de um movimento que incluirá todo o continente é verdadeiramente inspirador. Restaurar a paisagem vai melhorar e enriquecer as comunidades rurais e trará benefícios para os que vivem nas cidades. Todos ganham".
Os dez países africanos envolvidos já se comprometeram, por sua vez, a restaurar mais de 30 milhões de hectares e os parceiros, que incluem o Banco Mundial, estão tentando garantir US$ 1 bilhão para assegurar o financiamento. Em causa estão ainda mais US$ 540 milhões destinados ao investimento do impacto do envolvimento do setor privado na Iniciativa AFR100.
Edição: Fábio Massalli
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