Jorge Oliveira
Brasília - “Eu espero integral confiança do Michel Temer e tenho
certeza que ele a dará. Ao longo desse tempo, eu desenvolvi a minha
relação com ele e conheço o Temer como pessoa, como político e como
grande constitucionalista”.
Você pode não acreditar, mas esta frase é da Dilma. Ela foi pronunciada no Recife, quando anunciou um programa de combate a dengue. O próximo passo, asseguro, é convocar o vice por ofício para entrar na guerra contra o impeachment. Ou pedir ao Lula para interferir junto o PMDB para que o partido mude de ideia e a deixe terminar o mandato. Não, não é uma obra de ficção, a presidente é capaz de atos infantis, ingênuos e idiotizados como esses porque de política ela entende tanto como Lula de fissão nuclear.
Ora, desde Ulysses Guimarães – que rastejou ali nos 5% dos votos na eleição presidencial de 1989 – que o PMDB não tem chances como agora de chegar ao poder. Portanto, a cúpula, que sempre foi, de lá pra cá, coadjuvante do processo político brasileiro, vai lutar com unhas e dentes pelo impeachment da Dilma. A demissão de Eliseu Padilha, que a Dilma não quer aceitar, é o primeiro sinal, de que os peemedebistas estão fora da sua base de governo. E mais: vão conspirar para o Michel chegar à presidência. Afinal de contas, o PMDB não é só um partido, é também uma empresa.
A Dilma está perdida. Quando solta uma frase como essa de que “espero confiança integral de Michel”, ela, malandramente, quer jogar o vice no canto da parede. Mais: pretende constrangê-lo, caso ele não a defenda do impeachment. Não à toa, quando Cunha deu o sinal verde para o impedimento da presidente, seus auxiliares convidaram Michel para um encontro no Planalto. A notícia, divulgada depois da conversa, é que o vice iria lutar contra o impeachment. Mentira. Michel pediu a sua assessoria para contestar as informações que saíram do Palácio.
O raciocínio da Dilma é curto, como é pequeno também o seu alcance político. Como nunca disputou uma eleição, antes das duas presidenciais patrocinadas por Lula, a presidente não conhece a alma de um político, um camaleão quando se trata de voto. É esse camaleão que vai dar as costas a Dilma quando perceber que ela é carta fora do baralho, além de ter uma rejeição estratosférica para quem comanda o país. Nenhum político, pela cartilha pragmática da sobrevivência, permanece ao lado de um líder rejeitado pelo povo.
Se a Dilma pensa que o PMDB, agora com absoluta perspectiva de poder, vai ficar ao seu lado, pode tirar o cavalinho da chuva. E não é só o PMDB, muitos partidos que querem se manter ao lado do vencedor, vão aliar-se aos adeptos do impeachment. Vale lembrar um detalhe: Collor ainda tinha pouco mais de 200 deputados quando se iniciou o processo do impeachment. Terminou com 41. Dançou.
Com exceção do Rede e do Psol, filhos bastardos do PT, vai se contar nos dedos outros partidos que ficarão ao lado da Dilma para defendê-la do impeachment. Até mesmo o PDT do Ciro vai pensar duas vezes em permanecer aliado a presidente.
Afinal de contas, políticos, com raríssimas exceções, não têm tendência a suicida.
Você pode não acreditar, mas esta frase é da Dilma. Ela foi pronunciada no Recife, quando anunciou um programa de combate a dengue. O próximo passo, asseguro, é convocar o vice por ofício para entrar na guerra contra o impeachment. Ou pedir ao Lula para interferir junto o PMDB para que o partido mude de ideia e a deixe terminar o mandato. Não, não é uma obra de ficção, a presidente é capaz de atos infantis, ingênuos e idiotizados como esses porque de política ela entende tanto como Lula de fissão nuclear.
Ora, desde Ulysses Guimarães – que rastejou ali nos 5% dos votos na eleição presidencial de 1989 – que o PMDB não tem chances como agora de chegar ao poder. Portanto, a cúpula, que sempre foi, de lá pra cá, coadjuvante do processo político brasileiro, vai lutar com unhas e dentes pelo impeachment da Dilma. A demissão de Eliseu Padilha, que a Dilma não quer aceitar, é o primeiro sinal, de que os peemedebistas estão fora da sua base de governo. E mais: vão conspirar para o Michel chegar à presidência. Afinal de contas, o PMDB não é só um partido, é também uma empresa.
A Dilma está perdida. Quando solta uma frase como essa de que “espero confiança integral de Michel”, ela, malandramente, quer jogar o vice no canto da parede. Mais: pretende constrangê-lo, caso ele não a defenda do impeachment. Não à toa, quando Cunha deu o sinal verde para o impedimento da presidente, seus auxiliares convidaram Michel para um encontro no Planalto. A notícia, divulgada depois da conversa, é que o vice iria lutar contra o impeachment. Mentira. Michel pediu a sua assessoria para contestar as informações que saíram do Palácio.
O raciocínio da Dilma é curto, como é pequeno também o seu alcance político. Como nunca disputou uma eleição, antes das duas presidenciais patrocinadas por Lula, a presidente não conhece a alma de um político, um camaleão quando se trata de voto. É esse camaleão que vai dar as costas a Dilma quando perceber que ela é carta fora do baralho, além de ter uma rejeição estratosférica para quem comanda o país. Nenhum político, pela cartilha pragmática da sobrevivência, permanece ao lado de um líder rejeitado pelo povo.
Se a Dilma pensa que o PMDB, agora com absoluta perspectiva de poder, vai ficar ao seu lado, pode tirar o cavalinho da chuva. E não é só o PMDB, muitos partidos que querem se manter ao lado do vencedor, vão aliar-se aos adeptos do impeachment. Vale lembrar um detalhe: Collor ainda tinha pouco mais de 200 deputados quando se iniciou o processo do impeachment. Terminou com 41. Dançou.
Com exceção do Rede e do Psol, filhos bastardos do PT, vai se contar nos dedos outros partidos que ficarão ao lado da Dilma para defendê-la do impeachment. Até mesmo o PDT do Ciro vai pensar duas vezes em permanecer aliado a presidente.
Afinal de contas, políticos, com raríssimas exceções, não têm tendência a suicida.
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