PF cumpre mandados na sede do PMDB-AL, presidido por Renan
Publicado: 15 de dezembro de 2015 às 09:46 - Atualizado às 11:35
Policial federal realiza busca de documento, na sede do PMDB-Al. (Foto: Robison Barros/Gazetaweb)
A ação também faz buscas em residências do presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ministros e parlamentares, entre eles o
deputado Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE).
A Operação Catilinárias deflagrada hoje evoca a série de discursos do cônsul Marco Túlio Cícero contra o nobre conspirador Lúcio Sérgio Catilina, que planejava derrubar o governo romano em 63 antes de Cristo. As "catilinárias" são consideradas obras primas da retórica. Um dos trechos mais célebres, revisitado hoje, parece ter profetizado o Brasil de Eduardo Cunha e Dilma Rousseff.
Investigado na Operação Lava Jato, Cunha é o principal articulador do processo de impeachment da presidente. Na Câmara, manobra sucessivamente para evitar o andamento de seu processo de cassação, em curso no Conselho de Ética. É criticado por usar o cargo para evitar a perda do mandato e de trair a confiança dos pares.
"Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós? A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia?", diz um dos trechos mais conhecidos das catilinárias.
Nos discursos, Catilina é descrito como um homem desmascarado, mas que resiste em sua campanha anarquista e supostamente contrária ao interesse público.
No Conselho de Ética, Cunha é acusado de mentir aos pares ao dizer aos pares que não mantinha contas na Suíça. As investigações da Procuradoria-Geral da República (PGR) mostram que parte do dinheiro mantido no exterior teria sido desviado de um contrato da Petrobras.
A operação Catilinárias cumpre ao todo 53 mandados de busca e apreensão - na Câmara dos Deputados, sede do PMDB em Alagoas, na residência dos investigados, endereços funcionais, sedes de empresas, escritórios de advocacia e órgãos públicos - expedidos pelo STF, referentes a sete processos instaurados a partir de investigações da Lava Jato. Os mandados foram expedidos pelo ministro do STF Teori Zavascki.
Diário do Poder
A Operação Catilinárias deflagrada hoje evoca a série de discursos do cônsul Marco Túlio Cícero contra o nobre conspirador Lúcio Sérgio Catilina, que planejava derrubar o governo romano em 63 antes de Cristo. As "catilinárias" são consideradas obras primas da retórica. Um dos trechos mais célebres, revisitado hoje, parece ter profetizado o Brasil de Eduardo Cunha e Dilma Rousseff.
Investigado na Operação Lava Jato, Cunha é o principal articulador do processo de impeachment da presidente. Na Câmara, manobra sucessivamente para evitar o andamento de seu processo de cassação, em curso no Conselho de Ética. É criticado por usar o cargo para evitar a perda do mandato e de trair a confiança dos pares.
"Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós? A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia?", diz um dos trechos mais conhecidos das catilinárias.
Nos discursos, Catilina é descrito como um homem desmascarado, mas que resiste em sua campanha anarquista e supostamente contrária ao interesse público.
No Conselho de Ética, Cunha é acusado de mentir aos pares ao dizer aos pares que não mantinha contas na Suíça. As investigações da Procuradoria-Geral da República (PGR) mostram que parte do dinheiro mantido no exterior teria sido desviado de um contrato da Petrobras.
A operação Catilinárias cumpre ao todo 53 mandados de busca e apreensão - na Câmara dos Deputados, sede do PMDB em Alagoas, na residência dos investigados, endereços funcionais, sedes de empresas, escritórios de advocacia e órgãos públicos - expedidos pelo STF, referentes a sete processos instaurados a partir de investigações da Lava Jato. Os mandados foram expedidos pelo ministro do STF Teori Zavascki.
Diário do Poder
Catilinárias
Nome da operação faz alusão a senador corrupto em Roma
“Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?", diz texto
Publicado: 15 de dezembro de 2015 às 10:26 - Atualizado às 11:16
Nos
discursos, Catilina é descrito como um homem desmascarado, mas que
resiste em sua campanha anarquista e supostamente contrária ao interesse
público (Foto: Wilson Dias/ABr)
A Operação Catilinárias, nova fase da Lava Jato deflagrada nesta
terça-feira, 15, contra o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), é em referência a quatro discursos do cônsul romano Marco
Túlio Cícero, em 63 a. C., contra o senador Lúcio Sérgio Catilina, que
planejava dissolver o Senado e tomar o poder em Roma.
A frase que abre o discurso de Cícero e uma das mais conhecidas é
"Até quando, ó Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo a
tua loucura há de zombar de nós? A que extremos se há de precipitar a
tua desenfreada audácia?”
Nos discursos, Catilina é descrito como um homem desmascarado, mas que resiste em sua campanha anarquista e supostamente contrária ao interesse público. “Nem a guarda do Palatino, nem a ronda noturna da cidade, nem o temor do povo, nem a afluência de todos os homens de bem, nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado, nem a expressão do voto destas pessoas, nada disto conseguiu perturbar-te? Não te dás conta que os teus planos foram descobertos?”, questiona outro trecho.
De fato, o texto cai como luva no momento atual da política brasileira. Investigado na Lava Jato, Cunha é o principal articulador do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na Câmara, o peemedebista manobra sucessivamente para evitar o andamento de seu processo de cassação, em curso no Conselho de Ética – ele é acusado de mentir aos pares sobre suas contas na Suíça. É criticado por usar o cargo para evitar a perda do mandato e de trair a confiança dos pares.
A operação Catilinárias cumpre ao todo 53 mandados de busca e apreensão, inclusive na casa de dois ministros, um senador e mais um deputado.
Nos discursos, Catilina é descrito como um homem desmascarado, mas que resiste em sua campanha anarquista e supostamente contrária ao interesse público. “Nem a guarda do Palatino, nem a ronda noturna da cidade, nem o temor do povo, nem a afluência de todos os homens de bem, nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado, nem a expressão do voto destas pessoas, nada disto conseguiu perturbar-te? Não te dás conta que os teus planos foram descobertos?”, questiona outro trecho.
De fato, o texto cai como luva no momento atual da política brasileira. Investigado na Lava Jato, Cunha é o principal articulador do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na Câmara, o peemedebista manobra sucessivamente para evitar o andamento de seu processo de cassação, em curso no Conselho de Ética – ele é acusado de mentir aos pares sobre suas contas na Suíça. É criticado por usar o cargo para evitar a perda do mandato e de trair a confiança dos pares.
A operação Catilinárias cumpre ao todo 53 mandados de busca e apreensão, inclusive na casa de dois ministros, um senador e mais um deputado.
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