A
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) formalizou
nesta segunda-feira apoio ao processo de impeachment contra a presidente
Dilma Rousseff. Com isso, torna-se a primeira grande entidade
empresarial a se manifestar favoravelmente ao processo que pode resultar
no afastamento da presidente. A decisão se segue a uma pesquisa interna
realizada pela Fiesp apontando que grande maioria do empresariado
paulista é a favor do impeachment.
"O
país está à deriva, e não há atitudes para solucionar os problemas",
disse o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, segundo comunicado da entidade.
"É chegada a hora de ter a visão de onde está o problema. Na minha
visão, o problema ficou todo na parte política."
Skaf
é filiado ao PMDB, partido que tem sete ministros no governo Dilma e
que é presidido pelo vice-presidente da República, Michel Temer, de quem
o presidente da Fiesp é aliado. Em caso de afastamento de Dilma, Temer é
o primeiro na linha de sucessão.
Pesquisa
com 1.113 empresas do Estado apontou que 91% dos empresários
entrevistados são pessoalmente a favor do processo de impedimento,
enquanto 5,9% são contra e 3,1% não responderam.
Quando
questionados sobre o posicionamento das empresas, ainda de acordo com a
entidade patronal, 85,4% das companhias se manifestaram favoravelmente
ao impeachment, enquanto 4,9% foram contra e 9,7% não souberam
responder.
"Essa
pesquisa foi endossada por todos os fóruns da Casa", disse Skaf, que
negou estar condenando a presidente e defendeu que o processo de
impedimento ocorra dentro do "encaminhamento legal". O levantamento da
Fiesp apontou também que 91,9% dos empresários queriam que a entidade se
posicionasse sobre o impedimento de Dilma.
A
Fiesp participou no domingo das manifestações contrárias ao governo
Dilma levando como bandeira a campanha promovida pela entidade contrária
ao aumento de impostos, principalmente à proposta do governo federal de
recriar a CPMF. Do site de Veja.com.
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