21 de Janeiro de 2016
Desde a primeira
fase da Lava Jato, os investigadores acumulam motivos para promover a
visita do “japonês da Federal” ao ex-presidente Lula, deixando de
considerá-lo apenas “testemunha” ou “informante”. A primeira citação a
Lula no esquema, já em 2014, foi de Ricardo Pessoa (UTC), chefe do
cartel de empreiteiras, que disse ter dado R$2,5 milhões roubados da
Petrobras à sua campanha de 2006.
Em seus primeiros depoimentos, o doleiro Alberto Youssef, estopim do escândalo do Petrolão disse que Lula “sabia de tudo”.
A revelação mais recente é de Nestor Cerveró: Lula foi bancado com R$50 milhões desviados de contratos da Petrobras em Angola.
Fernando Baiano, o operador do PMDB, contou que foi Lula quem mantinha Cerveró no cargo. E depois o indicou à BR Distribuidora.
Amigão de Lula, José
Carlos Bumlai articulou um contrato para o Grupo Schahin na Petrobras,
com objetivo de pagar um empréstimo ao PT.
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O encontro entre a
presidente Dilma Rousseff e o vice Michel Temer, a primeira desde a
crise do impeachment no final do ano passado, não representa bandeira
branca. Pelo contrário. Ela adiou a reunião por duas vezes porque queria
encontrá-lo após a denúncia contra o ex-ministro Geddel Vieira Lima.
Temer verificou que a “tramoia” tem digital do governo e do presidente
do Senado, Renan Calheiros.
Aliados de Temer
dizem que a ação contra Geddel foi orquestrada pelo ministro Jaques
Wagner (Casa Civil), que aprendeu a odiar o baiano.
Relatório da Polícia
Federal revela uma série de mensagens trocadas entre Geddel e o
ex-presidente da OAS Aldemário “Léo” Pinheiro.
Apesar de contrariado, Temer não acusou o golpe. Cordialmente, encontrou-se com Dilma e a aconselhou a ouvir os aliados.
Lula desafiou
“promotor, delegado, empresário, amigo ou não amigo” a acusá-lo de
envolvimento “em algo ilícito”. Ele não deve nem ler jornais, tampouco
se informar das acusações que já pesam contra ele.
Em 2002, a taxa de
desemprego era de 12,6% e no primeiro ano da era PT variou para 12,3%.
Em dez anos, a taxa foi reduzida para 5,4% no Brasil. E em só 18 meses
Dilma desfez os 12 anos de redução.
Em agosto de 2014,
Dilma conclamou que o Brasil se encontrava em “pleno emprego”, ou seja,
com menos de 5% de desemprego em média, em todo o País. Em menos de dois
anos, o desemprego dobrou.
O Conselhão de Dilma,
que teve dois membros presos na Lava Jato e não se reúne desde o início
da operação, já definiu a pauta da primeira reunião: reforma fiscal. O
encontro deve ocorrer até o fim deste mês.
Michel Temer avalizou
o convite para André Moura (PSC-SE) ingressar no PMDB. Temer está
incomodado com o governador Jackson Barreto, que chamou os adeptos do
impeachment de “inimigos do Sergipe”.
Na véspera de se
reunir com a presidente Dilma, o vice Michel Temer recebeu, no Jaburu, o
desafeto da petista, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O ministro peemedebista
Eduardo Braga (Minas e Energia) e o senador Valdir Raupp (PMDB-RO)
também apareceram na reunião.
O Planalto aposta na
reeleição de Leonardo Picciani para líder do PMDB. Dos 67 deputados, o
garotão tem apoio de 30 e espera ganhar mais cinco com a oferta de um
ministério. Outros 30 estão contra ele.
Os peemedebistas
dizem que Hugo Motta (PB) tem mais força do que um deputado mineiro na
disputa pela liderança da bancada. Sua candidatura tem apoio de Eduardo
Cunha e de Michel Temer.
Dilma sacramentou o desgoverno: as taxas da economia, emprego, ações da Petrobras e até o dólar atingiram os níveis pré-era PT.
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