Indiciados pela
Polícia Federal por crime ambiental decorrente do rompimento da barragem
de Fundão, em Mariana, o diretor-presidente da Samarco, Ricardo
Vescovi, e o diretor de operações, Kleber Terra, tiveram seus pedidos de
afastamento dos cargos pelo conselho de administração da mineradora
nesta quarta-feira (20).
"Após concluídas as primeiras etapas de
atendimento emergencial ao acidente, os executivos acreditam que o
licenciamento temporário é importante para que possam se dedicar às suas
defesas", informa a nota da Samarco.
Além de Terra e Vescovi,
outros quatro executivos foram indiciados pela PF no processo que apura
crimes ambientais a partir do rompimento do dia 5 de novembro do ano
passado. Além da Samarco, também foram indiciadas a Vale, uma das
controladoras da mineradora, e a Vogbr, empresa que deu aval de
estabilidade e segurança de Fundão meses antes da tragédia que é
considerada o maior desastre ambiental do Brasil e que deixou 17 pessoas
mortas e duas desaparecidas.
Nesta terça-feira (19),
o desembargador federal Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da
1ª Região, proferiu decisão em que estende em 15 dias o prazo para o
depósito da primeira parcela da indenização a ser paga pela Samarco e
suas controladoras, a Vale e a BHP Billiton, pelo rompimento da barragem
de Mariana (MG). O prazo final para o pagamento, previsto na ação civil
pública ajuizada pela Advocacia-Geral da União (AGU) no final de
novembro, vencia nesta quarta-feira (20).
Em 18 de dezembro, a
Justiça havia determinado que o primeiro depósito de R$ 2 bilhões devia
acontecer em um prazo de 30 dias. A decisão era uma resposta a um dos
pedidos feitos pela AGU na ação em que pede pelo menos R$ 20 bilhões
para reparação dos estragos socioambientais decorrentes da tragédia.
Segundo a AGU, o objetivo é usar os recursos em ações de contenção dos
impactos, para revitalizar a bacia do Rio Doce e indenizar as pessoas
afetadas pelo desastre.
Com Agência Brasil
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