sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Evoluindo do status incômodo de "Informante"
para "Investigado" na Operação Zelotes, Luiz Inácio Lula da Silva vai
passar um carnaval dos infernos. O promotor paulista Cássio Conserino, que
intimou Lula e a dona Marisa a prestarem depoimento no próximo dia 17 sobre o
triplex do Guarujá e o demais rolos com a cooperativa dos bancários, espera que
ambos compareçam ao Ministério Público.
Para piorar, a Força Tarefa da Lava Jato e o MP paulista
se juntam para identificar os responsáveis pela reforma do sítio de Atibaia,
que, oficialmente, pertence a dois sócios de um dos filhos de Lula: Fernando
Bittar e Jonas Suassuna. As empreiteiras Odebrecht, OAS e Usina São Fernando se recusam a admitir
que tenham bancado qualquer reforma na propriedade constantemente frequentada
por Lula e seus familiares.
As ligações perigosas ficam evidentes a cada nova
revelação. Documentos apreendidos pela Polícia Federal no escritório do
pecuarista José Carlos Bumlai, em Campo Grande (MS), reforçam a tese de que ele
pagou parte da reforma em sítio. Em depoimento ao Ministério Público de São
Paulo, um representante da empresa Anjos & Porto Montagens de Estruturas
Metálicas disse ter recebido R$ 40 mil de Bumlai por serviços na reforma do
sítio. Uma planilha revela pagamentos de R$ 550 mil...
As escrituras de compra e venda do sítio em Atibaia
indicam mais ligações íntimas entre os negócios de Lula, amigos e familiares. O
negócio foi formalizado em 29 de outubro de 2010, no escritório do advogado
Roberto Teixeira, compadre de Lula, no 19º andar de um edifício de escritórios
na Rua Padre João Manoel, no bairro dos Jardins, na capital paulista. Este é o
endereço do escritório de Teixeira, que é amigo de Lula desde os anos 1980 e
padrinho de Luís Cláudio, o filho caçula do ex- presidente.
O imóvel sítio custou R$ 1,5 milhão, dos quais R$ 100 mil
foram pagos em espécie. Pelo documento, Fernando Bittar, filho do ex-prefeito
de Campinas Jacó Bittar, pagou R$ 500 mil, e Jonas Suassuna, primo do ex-
senador Ney Suassuna, arcou com R$ 1 milhão. Dos R$ 500 mil pagos por Bittar,
R$ 100 mil foram “recebidos em boa e corrente moeda nacional”.
Suassuna é dono, em sociedade com os filhos, Bianca e
Caio, do Grupo Gol, conglomerado que reúne editora e empresas de tecnologia da
informação e criação de aplicativos, como o “Bíblia no celular”, com trechos do
livro sagrado na voz de Cid Moreira. Certamente por amizade, durante alguns anos, o Grupo Gol pagou o
apartamento onde Lulinha morava, nos Jardins, em São Paulo. Agora, Lulinha mora
em apartamento em Moema, de propriedade do empresário, pagando aluguel.
Mais ligações? Lulinha e Suassuna são sócios na empresa
Gamecorp. Na versão dos advogados de defesa de Lula, Suassuna e Fernando Bittar,
também sócio de Lulinha, compraram na mesma época dois terrenos contíguos, mas
com matrículas diferentes na prefeitura de Atibaia. Os defensores alegam que
eles não são sócios na propriedade.
Até agora, Lula tem sido um craque na arte de só negar...
Nega tudo o tempo todo, embora seus opositores reclamem que ele sonega a
verdade o tempo todo. Lula só não deve ter a mesma sorte do jogador Neymar, que
ontem foi salvo pela Justiça Federal da acusação de sonegação fiscal em um
processo que nem chegou ao fim, na esfera administrativa, na Receita Federal. O
gênio do Barcelona passa um carnaval mais aliviado. A cada jogada da Polícia
Federal ou do Ministério Público, Lula fica cada vez mais longe da mesma
tranquilidade.
Como diria o imortal Nelson Rodrigues, são coisas do
futebol da vida...
No mais, feliz carnaval para quem não tem triplex, nem
sítio e nem recebeu propina em troca da venda de medidas provisórias, na
carnavalesca roubalheira institucional de Bruzundanga...
O negócio é vestir a fantasia de mosquito, tomando cuidado com a "picadura" - a ditadura das picadas...
Pedindo passagem
Estilo Triplex
Cunha Jedi
A dupla
Bronca energética
Tudo normal
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