- Atualizada às
Jorge Fernando Souza foi assassinado no interior do Complexo do Chapadão na noite do último domingo. Um ex-soldado também morreu e outra vítima conseguiu sobreviver
Rio
- Um agente do Degase e um cabo do Exército e um ex-militar foram
sequestrados e torturados por traficantes do Complexo do Chapadão, em
Costa Barros, na Zona Norte. Segundo informações, o caso aconteceu na
noite do último domingo e o agente conseguiu sobreviver, mas o militar,
identificado como Jorge Fernando Souza, de 30 anos, e o outro, que não
teve o nome revelado foram assassinados.
O delegado titular DH, Fábio Cardoso, disse que a polícia já identificou alguns homens como suspeitos do crime. Inicialmente, foi divulgada uma versão de que as vítimas teriam sido torturadas, mas o delegado desmentiu essa informação.
"Os traficantes confundiram os dois como informantes, os famosos x-9. A investigação da DH mostra isso. Eles desapareceram no Parque Esperança e foram mortos no Final Feliz, ambos no Chapadão. Sabemos que usaram o Fox Preto de um deles para desovar os dois corpos. Não teve tortura, eles foram mortos a tiros", contou.
Elias Souza, pai de Jorge Fernando, diz que eles trabalhavam como taxistas em um ponto no Village Pavuna, na Zona Norte, e foram pegos por se recusarem a transportar traficantes em fuga. "Durante uma operação policial no domingo à noite, os bandidos deram uma ordem para que os taxistas os retirassem da comunidade. Não foi a primeira vez que isso aconteceu. O meu filho e outros recusaram a ordem e eles levaram os motoristas a um determinado local do Chapadão. Balearam três. Um sobreviveu e outros dois morreram", diz.
Segundo Elias, assim como sempre fazia, seu filho recusou a transportar traficantes no táxi. "Queremos achar pelo menos o corpo do meu filho. Sabemos que foi executado e não vai voltar", lamenta.
Inicialmente, o registro foi feito na 31ª DP (Ricardo de Albuquerque) e transferido para a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), já que o corpo de Jorge Fernando ainda não foi localizado. No entanto, agora o caso está sendo tratado na Divisão de Homicídios da Barra da Tijuca. "Apesar de ainda não termos o corpo dele, o delegado já considera como um homicídio por causa de todas as evidências", afirma Elias Souza.
O presidente do Sindicato dos
Servidores do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), João
Luiz Rodrigues, contou que o agente levou coronhadas na cabeça e nas
costas, depois rolou uma ribanceira e caiu na rede de esgoto, onde se
escondeu por sete horas.
"No momento da queda, cerca de dez bandidos atiraram contra ele, mas não foi atingido por sorte. Ele se escondeu no córrego de esgoto porque conhecia o local, já que mora perto dali. Ele ficou cerca de duas horas em poder dos traficantes. Está apavorado", disse o presidente.
O Departamento Geral de Ações Socioeducativas informou que, por meio da Coordenação de Saúde do Departamento, prestará o auxílio necessário ao agente do Degase envolvido na ocorrência. Segundo o departamento, o servidor não sofreu ferimentos graves e receberá atendimento de psicólogos e assistentes sociais.
Procurado, o Comando Militar do Leste ainda não se pronunciou sobre o caso. Já a PM afirmou ter feito operações constantes na região, mas garante não ter recebido informações sobre nenhum corpo encontrado na comunidade.
Amigos lamentam pelas redes sociais
Pelas redes sociais, amigos lamentaram a morte brutal do militar: "Apagaram seu sorriso mano, amigo de infância e depois de alguns anos amigos de trabalho, irmãos de farda. Descanse em paz meu parceiro, a ficha ta custando a cair". "Até quando mais irmãos vão ir embora desse jeito ? Que raiva pelo que fizeram com ele, era novo e um grande parceiro e teve um fim assim. Irá deixar saudades, Jorge Fernando Souza. Adeus, amigo e que Deus possa te encaminhar para o paraíso".
O delegado titular DH, Fábio Cardoso, disse que a polícia já identificou alguns homens como suspeitos do crime. Inicialmente, foi divulgada uma versão de que as vítimas teriam sido torturadas, mas o delegado desmentiu essa informação.
"Os traficantes confundiram os dois como informantes, os famosos x-9. A investigação da DH mostra isso. Eles desapareceram no Parque Esperança e foram mortos no Final Feliz, ambos no Chapadão. Sabemos que usaram o Fox Preto de um deles para desovar os dois corpos. Não teve tortura, eles foram mortos a tiros", contou.
Elias Souza, pai de Jorge Fernando, diz que eles trabalhavam como taxistas em um ponto no Village Pavuna, na Zona Norte, e foram pegos por se recusarem a transportar traficantes em fuga. "Durante uma operação policial no domingo à noite, os bandidos deram uma ordem para que os taxistas os retirassem da comunidade. Não foi a primeira vez que isso aconteceu. O meu filho e outros recusaram a ordem e eles levaram os motoristas a um determinado local do Chapadão. Balearam três. Um sobreviveu e outros dois morreram", diz.
Segundo Elias, assim como sempre fazia, seu filho recusou a transportar traficantes no táxi. "Queremos achar pelo menos o corpo do meu filho. Sabemos que foi executado e não vai voltar", lamenta.
Inicialmente, o registro foi feito na 31ª DP (Ricardo de Albuquerque) e transferido para a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), já que o corpo de Jorge Fernando ainda não foi localizado. No entanto, agora o caso está sendo tratado na Divisão de Homicídios da Barra da Tijuca. "Apesar de ainda não termos o corpo dele, o delegado já considera como um homicídio por causa de todas as evidências", afirma Elias Souza.
A família de Jorge Fernando afirma que o corpo
dele ainda está dentro de um veículo que se encontra no interior do
conjunto de favelas. "As pessoas que viram disseram que o corpo do meu
filho está dentro da mala do carro. Foi passada essa informação para a
delegacia, mas a polícia ainda não foi lá.
Eles (bandidos) afirmaram que
se a polícia e a imprensa fossem envolvidas, sumiriam com o corpo.
Falaram também que ao longo da noite de segunda-feira iriam liberar o
meu filho, mas como até às 9 da manhã ninguém nos passou nada,
resolvemos falar", desabafa.
O pai lembra que além de
ser lotado no 25º Batalhão Logístico Escola, em Magalhães Bastos, Jorge
Fernando era estudante de administração e praticava esportes. Elias
Souza disse que pediu auxílio ao Exército, mas que não recebeu nenhum
tipo de ajuda. "A minha esposa, mãe dele, foi no quartel onde meu filho
serve. A informação foi passada para eles e não tivemos suporte algum do
Comando Militar", finaliza.
"No momento da queda, cerca de dez bandidos atiraram contra ele, mas não foi atingido por sorte. Ele se escondeu no córrego de esgoto porque conhecia o local, já que mora perto dali. Ele ficou cerca de duas horas em poder dos traficantes. Está apavorado", disse o presidente.
O Departamento Geral de Ações Socioeducativas informou que, por meio da Coordenação de Saúde do Departamento, prestará o auxílio necessário ao agente do Degase envolvido na ocorrência. Segundo o departamento, o servidor não sofreu ferimentos graves e receberá atendimento de psicólogos e assistentes sociais.
Procurado, o Comando Militar do Leste ainda não se pronunciou sobre o caso. Já a PM afirmou ter feito operações constantes na região, mas garante não ter recebido informações sobre nenhum corpo encontrado na comunidade.
Amigos lamentam pelas redes sociais
Pelas redes sociais, amigos lamentaram a morte brutal do militar: "Apagaram seu sorriso mano, amigo de infância e depois de alguns anos amigos de trabalho, irmãos de farda. Descanse em paz meu parceiro, a ficha ta custando a cair". "Até quando mais irmãos vão ir embora desse jeito ? Que raiva pelo que fizeram com ele, era novo e um grande parceiro e teve um fim assim. Irá deixar saudades, Jorge Fernando Souza. Adeus, amigo e que Deus possa te encaminhar para o paraíso".
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