Folha
Diante da crise, o governo Dilma Rousseff decidiu trocar as agências de publicidade responsáveis por sua comunicação. Desde novembro, uma equipe da Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência se dedica à elaboração de um edital que será lançado dentro de seis meses. Hoje sob o comando do ministro Edinho Silva, a comunicação do governo tem sido alvo de críticas de petistas e aliados da presidente.
Na semana passada, o secretário-executivo da Secom, Olavo Noleto, manifestou a insatisfação do Palácio com a campanha de combate ao vírus da zika. Em reuniões, queixou-se da falta de entrosamento das equipes.
Procurada, a Secom afirmou que Noleto não fez críticas. “Nas reuniões com as assessorias de comunicação e secretários-executivos dos ministérios, o secretário reafirmou a importância de manter e fortalecer a coesão e integração na execução da campanha do governo”.
CONTRATOS CURTOS
Embora ainda não tenha oficializado a decisão de substituir as responsáveis pela publicidade, o governo deixou clara essa disposição em 15 de janeiro, quando prorrogou por apenas quatro meses os contratos das três agências (Leo Burnett, Propeg e Nova/SB) que hoje atendem a gestão. Em geral, os contratos são renovados anualmente.
Como foram assinados em janeiro de 2012, poderiam ser prorrogados por mais um ano, com base no artigo 57 da lei 8.666. A Folha apurou, porém, que o governo só irá prorrogá-los por mais tempo se a nova licitação não for concluída a tempo. O orçamento da Secom em 2016 deve ficar em torno de R$ 140 milhões. A secretaria não se manifestou sobre a troca das agências.
Dilma costuma monitorar a produção das campanhas do governo federal. Em setembro, ela só aprovou o slogan “Somos todos Brasil” para os Jogos Olímpicos após dois meses de reuniões.
MUDANÇA NA EBC
A substituição de agências não deverá ser a única alteração na comunicação, tida como fundamental para a resistência ao movimento pró-impeachment. Há mudanças em curso também na EBC (Empresa Brasileira de Comunicação): o diretor-presidente Américo Martins pediu demissão há poucos dias. Ocupa o cargo interinamente o jornalista Mario Maurici, vice-presidente da empresa.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O governo Dilma consegue fazer tudo errado, o tempo todo. Nada dá certo, a administração pública é um fracasso, todos sabem disso. Ao invés de procurar mudanças que recoloquem o país nos eixos, a presidente e seus ministros, que são os verdadeiros responsáveis pela derrocada do país, preferem culpar as agências de publicidade e os dirigentes da Empresa Brasileira de Comunicação. Parece brincadeira, mas é verdade. Afinal, o que o ministro Edinho Silva entende de comunicação? Quem souber, por favor nos informe. (C.N.)
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