Sun, Feb 07, 2016
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Devido
à altíssima carga tributária brasileira, o sonho americano pode estar
bem próximo: brasileiros podem abrir o próprio negócio ou investir em
projetos nos EUA e ainda se tornar cidadão norte-americano.
Pagar
impostos e investir em empresas no Brasil é extremamente complicado.
Além da enorme burocracia, a oneração que é gerada em cima da cobrança
de impostos e contratação de funcionários no país é altíssima, o que
desestimula empresários nacionais e estrangeiros a investirem aqui. O
Brasil tem uma das maiores taxas de impostos sobre empresas, segundo
levantamento da PricewaterhouseCoopers (PwC) em 189 países.
Segundo
a consultoria, nessa pesquisa, Comores (país africano) ficou em
primeiro lugar com a taxa mais alta do mundo de cobrança de impostos
sobre as empresas, totalizando uma alíquota de 216,5% (33 impostos). Por
sua vez, a Argentina ocupou o segundo lugar com 137,3% (9 impostos);
Bolívia 83,7%; e Brasil ficou na 11ª posição no ranking, com 69% (9
impostos).
Além
disso, o Brasil tem a maior carga tributária da América Latina,
superando inclusive a média de arrecadação de países ricos. A receita
com impostos aqui chegou a R$ 1,728 trilhão em 2013, cerca de R$ 460
bilhões a mais do que em 2010. Com isso, segundo a análise feita pela
Organização para Cooperação Econômica (OCDE), a arrecadação brasileira
aumentou 2,5 pontos percentuais do PIB (Produto Interno Bruto) entre
2010 e 2013. Já nos países desenvolvidos esse aumento foi de 1,3 ponto.
EUA: é possível escolher projetos para investir
Uma
das alternativas que muitos empreendedores brasileiros têm encontrado é
a possibilidade de abrir o próprio negócio ou investir em projetos já
em andamento nos Estados Unidos, inclusive em redes de franquias e
construções de arenas, por exemplo, por meio do EB-5, um programa de
vistos para imigrantes investidores. Para isso, é preciso ter US$ 500
mil. Se o investimento der certo, essa quantia é devolvida ao investidor
depois de cinco anos.
Em
2014, somente 30 brasileiros conseguiram o visto de investidor das
pouco mais de 10 mil vagas concedidas anualmente. Os chineses são os que
mais conseguem obter os vistos EB-5 e representaram, ano passado, 80%
deles.
O
EB5 é uma das maneiras mais fáceis de viver nos Estados Unidos, pois a
autorização do visto sai num período que varia de 12 a 18 meses. “O
sonho para muitos que querem mudar de país depende do dinheiro e de uma
boa assistência jurídica”, destaca Ingrid Baracchini, especialista em
vistos EB-5. Ingrid orienta anualmente dezenas de brasileiros
interessados em obter o visto.
Como funciona o pedido do visto EB-5
Primeiro
é fundamental que o interessado escolha um centro regional aprovado e
autorizado pelos Estados Unidos a receber esse investimento.
A
imigração norte-americana avalia a “ficha” do investidor e, se
aprovada, concede o greencard provisório tanto para ele quanto para
cônjuge e filhos de até 21 anos. “Este processo leva alguns meses até
que o investidor seja definitivamente aprovado pelo governo
norte-americano”, salienta a advogada.
Com
a supervalorização do dólar frente ao real, experimentada nos últimos
meses, o interessado em imigrar para os EUA, através do programa, não
tem tempo a perder e nem mesmo pode errar nos procedimentos iniciais
para obtenção do EB5. “Por isso, estar pronto para a comprovação do
valor e apresentação dos documentos necessários exige atenção por parte
do advogado”, destaca Ingrid.
Para
escolher onde investir é fácil. Basta que o interessado em imigrar pelo
EB-5 escolha um “centro regional”, aprovado pelo governo americano,
para fazer um investimento de US$ 500 mil em um novo negócio que crie e
sustente, no mínimo, dez empregos por pelo menos dois anos (período da
criação da empresa até a obtenção do documento definitivo).
Fonte: http://www.gazetasocial.com
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