quinta-feira, 28 de julho de 2016
Carlos Henrique Corrêa é aluno do curso de engenharia de computação da UniSociesc
As lixeiras coloridas utilizadas na coleta seletiva de lixo podem estar
com os dias contados se depender de uma invenção de um joinvilense de
apenas 22 anos.
Carlos Henrique Corrêa, aluno do curso de engenharia de computação da
UniSociesc, em Joinville, criou um sistema que reconhece de que tipo de
material (metal, plástico ou vidro) é feito o resíduo que está sendo
descartado.
Com a identificação, o lixo é encaminhado ao seu destino correto. O
projeto foi desenvolvido para o trabalho de conclusão de curso (TCC) de
Carlos Henrique, mas chama a atenção por propor uma alternativa
promissora de automatização do processo de separação de lixo para
posterior reciclagem, com potencial aplicação em empresas e grandes
cidades.
Carlos Henrique se debruçou sobre a ideia ao longo de um ano. Foram
muitas pesquisas e estudos até que um _ e único até agora _ protótipo da
lixeira automatizada ganhasse forma. É bem verdade que este primeiro
modelo, ainda sem um nome oficial, não salta aos olhos à primeira vista:
trata-se de uma caixa de papelão revestida de plástico com alguns
furos, um arame e várias tiras de fita adesiva.
Mas o que vale, neste caso, é o conceito, e não o design. O
funcionamento é simples. Primeiro, o resíduo é colocado em uma espécie
de bocal.
Depois, um dispositivo conectado a qualquer fonte de energia _ pilhas,
tomada, notebook e até bateria de celular _ é acionado. Uma pequena
corrente de metal começa a girar e a fazer contato com o objeto que vai
para o lixo. Um sensor identifica o som gerado a partir desse atrito e
"descobre" qual é o tipo de material que está sendo jogado fora. Por
fim, uma plataforma se abre e o lixo cai no seu destino.
Busca, agora, é por parcerias
Com o projeto recém-aprovado no TCC, Carlos Henrique agora busca apoio
para modernizá- lo e aprimorá-lo. A própria direção da UniSociesc já
manifestou interesse no trabalho, revela Luiz Carlos Camargo, orientador
do estudante.
Para o professor, o conceito de lixeira automatizada tem grande
potencial para ser aplicado em estabelecimentos comerciais, como em
casas noturnas, por exemplo, onda há um grande descarte de garrafas de
plástico e de vidro e latas de metal.
_ Neste caso, uma lixeira única, maior é claro, faria a separação do
tipo de material automaticamente, muito mais rápido do que se o trabalho
fosse manual _ compara.
Inspiração em competição americana
A inspiração para a criação da lixeira automatizada surgiu quando Carlos
Henrique assistiu a uma competição americana de robótica.
Ele admite que a utilização de sensores para reconhecer o tipo de
material de um objeto não é exatamente uma grande descoberta, mas
garante que são poucos os dispositivos que fazem isso apenas por meio do
som. Pelo menos ele não conhece nenhuma iniciativa do gênero em Santa
Catarina.
A primeira ideia do estudante foi criar um sistema de baixo custo. Para desenvolver o protótipo, ele gastou cerca de R$ 100. Grande parte deste valor foi aplicada no sensor de reconhecimento, que é relativamente simples comparado ao que já existe.
Apesar deste primeiro modelo separar apenas metal, plástico ou vidro, é possível aprimorá-lo para reconhecer outros tipos de materiais, como madeira, papel e até lixo orgânico.
_ Há várias aplicações a partir do conceito _ garante o jovem estudante.
Fonte: A Notícia
Nenhum comentário:
Postar um comentário