- quarta-feira, 27 julho 2016 16:35
- Por Rafael Ferreira
Até 2010, a região das Cagarras era utilizada por golfinhos-flíper como local de cria e socialização, seguindo um padrão sazonal. Já em 2011, não foram avistados indivíduos na área. Quatro anos mais tarde, sete animais foram registrados (quatro indivíduos foram reavistados e três novos identificados). “As baleias e golfinhos são animais com alta mobilidade.
Tipicamente, se deslocam por extensas áreas e o seu ciclo vital ocorre inteiramente no mar. Esses fatores e as dificuldades inerentes para a coleta de dados em campo explicam por que a distribuição geográfica desses animais ainda é pouco conhecida, quando comparada, por exemplo, com os mamíferos terrestres”, ressalta Liliane Lodi, coordenadora do projeto pelo Instituto Mar Adentro.
Os esforços para planejamento de conservação requerem informações detalhadas sobre a distribuição da biodiversidade no espaço e no tempo. As informações obtidas no levantamento de dados e monitoramento irão auxiliar a determinação de áreas prioritárias para a conservação dessas espécies. É de extrema importância a manutenção contínua do trabalho, atividade cara e dependente de financiamento.
Entre dezembro de 2015 e julho de 2016 o monitoramento de cetáceos realizado pelo Instituto ficou sem financiamento e teve que interromper suas atividades. Ao retomá-las, as primeiras viagens de campo revelaram surpresas como a presença de baleias-de-bryde nas proximidades da entrada da Baía de Guanabara durante o inverno; uma grande quantidade de baleias-jubarte próximas à costa sudeste e a aparição de uma espécie ameaçada de albatroz nunca antes registrada na área costeira da cidade do Rio de Janeiro.
*Com informações da WWF Brasil
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