terça-feira, 26 de julho de 2016
Fabiano Melo comenta o seu artigo sobre a morte do Rio Doce
Revista Brasil aborda a situação dos rios e mananciais das cidades brasileiras.
O biólogo, doutor em Ecologia, pós-doutor em Antropologia Professor
Associado da Universidade Federal de Goiás (UFG) e membro da Rede de
Especialistas em Conservação da Natureza, Fabiano Melo, escreveu o
artigo: A “morte matada” de um rio que sofria de “morte morrida”. Uma
leitura a respeito do rompimento da barragem de rejeito de mineração em
2015 que apressou o que ocorre há, pelo menos, um século no Rio Doce.
Ele explicou que “morte matada” de um rio que sofria de “morte morrida” é
um linguajar muito mineiro, muito próprio da região e que fez essa
analogia tentando mostrar a situação do Rio Doce.
Fabiano Melo esclarece que “morte matada” devido ao maior desastre
natural que foi o rompimento da barragem, com grande impacto sobre a
bacia do Rio Doce e provocado pelo homem. E a “morte morrida” devido ao
rio já vir sofrendo há décadas uma morte muito lenta. “Já vinha
agonizando essa morte, exatamente porque as autoridades e a própria
sociedade não presta a devida atenção que os nossos rios merecem”,
desabafa o biólogo.
Ele concluí falando sobre a recuperação de nascentes, alerta para as
mudanças climáticas em cursos que vão prejudicar ainda mais as condições
dos nossos lagos e das bacias hidrográficas. “Portanto se a gente não
fizer o dever de casa e de fato recuperar estas nascentes, boa parte das
margens, das matas ciliares vai ter um grande diminuição de água”.
Participou da entrevista também o prefeito de Minaçu(GO), Maurides
Rodrigues Nascimento, que falou sobre a realidade da Usina Hidrelétrica
de Serra da Mesa. Ele conta que o Lago Serra da Mesa era um dos maiores
reservatórios de água da América e nesta semana teve o menor nível
registrado nos últimos 10 anos.
Fonte: EcoDebate
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