Fogo representa risco permanente à fauna e à flora brasileiras, além de danos à saúde humana e aumento do aquecimento global
O governo federal vem alertando para o alto risco de queimadas e
incêndios florestais neste período do ano, com pico neste mês de
setembro. Devido a uma estiagem prolongada provocada pelo El Niño nos
últimos dois anos, as áreas ficaram mais suscetíveis aos incêndios, que
causam prejuízos à fauna e à flora brasileiras, além de danos à saúde do
homem.
Entretanto, “mais de 90% dos incêndios têm ação humana”, destaca o chefe
do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais
(Prevfogo), Gabriel Zacharias. “Temos o caso do produtor que vai fazer
uma queimada no fundo o quintal e perde o controle do fogo, provocando
um incêndio gigantesco. E existem os incêndios dolosos, em áreas de
conflito ou em florestas sendo transformadas em pasto.”
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em
2016 houve um aumento de 65% nos focos de queimadas e incêndios
florestais em relação ao mesmo período do ano passado. Até o dia 5 de
agosto, foram registrados mais de 53 mil focos.
Fiscalização
O Ministério do Meio Ambiente, por meio do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), está fiscalizando as
queimadas criminosas e orientando os produtores rurais nas melhores
práticas de preparo da terra.
“Contratamos brigadas e estamos mantendo a situação sob controle. O
nível de queimadas não aumentou como previsto para este mês”, afirmou o
ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho.
“Para o ano que vem, faremos com mais calma a prevenção. Já sabemos os
meses e as áreas mais propícias a queimadas. Então, tenho certeza que
com essas ações vamos diminuir bastante o número de queimadas”,
ressaltou o ministro, que no início de agosto lançou em cadeia nacional a
campanha Fogo no mato, prejuízo de fato.
Segundo o Prevfogo, neste ano foram contratados 834 brigadistas, que
estão atuando em 50 brigadas distribuídas por 18 Estados, sobretudo na
região Noroeste do Brasil, fronteira do Cerrado com a Amazônia, no
chamado arco do desmatamento. Os brigadistas recebem capacitação,
assistência técnica, equipamentos de combate e proteção individual e
veículos 4×4.
Fonte: EcoDebate
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